Capítulo 32

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Eliot Rollins
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- Velho! Acorda.

Gemi e coloquei o braço no rosto me protegendo da claridade.

- Vamos levanta logo!

- Cai fora Miguel. Me deixa dormir em paz. - resmungo me cobrindo, ou pelo menos tentei já que ele puxou as cobertas.

- Vem logo! Eu preciso abrir espaço na sala para o piano que eu comprei para Mary.

Isso me fez me sentar e esfregar os olhos tentando afastar o sono.

- Como assim você comprou um piano para Mary?

- Tipo assim, tinha uma venda de garagem no Brooklyn e eles estavam vendendo esse piano. Ao contrário da Celine, eu comprei o nosso por uma pechincha.

- Repito, como assim você comprou um piano? - acho que o sono estava me causando algumas alucinações porque ele estava falando de ter comprado um piano.

- Eu já respondi. Agora levanta e me ajuda a abrir espaço na sala. Daqui a pouco o mano vai vim trazer a encomenda.

- Quem esse tal mano? E o que está acontecendo?

- Um cara que faz mudança por um precinho show de bola. Agora levanta!

- Miguel é um sábado de manhã. - protesto chutando as cobertas para o lado.

- Eu não ligo.

Ele saiu do quarto e pensei em voltar a dormir, mas o vem logo ansioso do Miguel me fez sair da cama. Eu raramente o via animado assim e é claro que eu fiquei curioso com essa história do piano.

A porta da Mary estava entre aberta como sempre e ela ainda estava dormindo. Ela seguia uma rotina até na hora de acordar e no domingo também, acordava as nove em ponto.

- São que horas? - pergunto esfregando os olhos.

- Cedo.

- Cedo que horas?

- Sete e quarenta.

- Me acordou as sete e quarenta da manhã?!

- É por um bom motivo. Agora aonde colocamos o piano?

- Eu não sei Miguel. 

Era muito cedo para eu pensar, ainda mais porque fui dormir as três da manhã resolvendo as questões da separação da senhora..., ela havia saido de casa e estava com alguns parentes e com muito medo. Eu não a culpava, seu marido era muito agressivo.

- Que tal ali no canto perto da janela? É uma vista bonita e a Mary gosta daquele canto.

Miguel estava muito animado com isso tudo e eu ainda estava processando o que estava acontecendo. Então me obriguei a desperar e prestar atenção no que ele falava.

- Parece bom. Mas me explica melhor essa história.

- Eu comprei um piano.

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