Eliot Rollins
-//-Você tem que parar de fazer coisas idiotas. Me repreendia enquanto dirigia de volta para casa.
Também tem que parar de achar que ela te ama. Repreendi meu teimoso coração.
Ser rejeitado novamente fez algo mais no meu peito doer. Meu coração tinha certeza de que Nora ainda me amava, mas aos poucos meus olhos se abriam para o inevitável e viam que esse amor já havia sido esquecido.
Apertei o volante com força e esperei o sinal abrir, meu celular vibrou e o peguei.
- Sim?
- Eliot você está bem? - Miguel perguntou do outro lado sem me chamar de mané o que estranhei é claro.
- Sim, você se meteu em algum problema?
- Posso te encontrar no seu escritório? - eu não estava indo para lá, estava indo diretamente ao tribunal requirir pessoalmente a guarda da minha sobrinha, mas ele parecia muito ansioso para me ver e falar comigo.
- Me encontra no tribunal. - falei ao colocar o celular no descanso.
- Vai me processar? Eu não fiz nada!
- Claro que não, eu preciso resolver uma coisa e também tenho algo para te contar. Escuta vamos conversar quando nos encontrarmos lá ok? Eu estou dirigindo.
- De boa mané. Te encontro lá. - ele desligou e liguei o rádio afim de me distrair. Tentei acompanhar a música, mas minha mente estava distante.
Ao chegar ao tribunal estacionei e me apressei até o juiz que cuidava dos casos infantis.
- Quem é o juiz de plantão? - perguntei ao guarda.
- O Juiz Nolan.
- Posso?
- Claro Dr. Rollins. - o oficial abriu a porta para mim e sorri agradecido antes de entrar.
O juiz estava julgando um caso e ao terminar se pôs de pé. Fui até a bancada e pedi um minuto.
- Senhor Rollins. Meu espediente terminou por agora.
- Eu preciso de um segundo Juiz Nolan. Preciso muito da sua atenção.
Acho que o meu tom suplicante e a minha feição de ansiosa foi o suficiente para ganhar a sua atenção.
- Me acompanha até minha sala?
- Claro. - o sigo até a saída lateral e o meirinho abre a porta para nós dois.
Ao entrarmos na sala ele me apontou a cadeira e caminhou até a dele.
- Então doutor Rollins como posso ser útil?
- O Senhor ouviu falar do bombeiro morto num incêndio? Ele deixou uma filha autista e...
- O tenente Stanford. - ele falou como se o tivesse conhecido pessoalmente.
- Sim, o senhor o conhecia? - perguntou curioso enquanto inclino meu corpo para frente.
- A mãe da ex esposa dele o denunciou querendo ter a guarda da menina. Tivemos que avaliar a situação e fui eu quem julgou o caso. O Tenente Stanford se provou um pai maravilhoso e que amava muito a Mary. A perda dele foi trágica para a comunidade e é claro para criança. Mas qual é o seu interesse nele?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um Presente Chamado Mary ✔
RomanceA vida de Eliot Rolins era perfeita, ou assim ele achava que era até que de repente as coisas mudaram e Nora Miller, sua namorada, o deixou sem mais nem menos, Miguel decidiu trancar a faculdade e ele descobriu que o seu pai, o homem responsável por...