12° capítulo

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O universo só pode tá brincando com a minha cara, trancada no elevador com Luke Montez isso só pode ser uma piada.

Hoje mais cedo Agatha me pediu "educadamente" e quando eu digo educadamente eu quero dizer...

—Ayla leva esse convite nesse endereço pra mim fazendo o favor. -entra sem bater na porta.

—Oi?. -pergunto um pouco confusa.

—O convite, leva pra mim nesse endereço por favor. -repete e eu dou risada, e não era pouca. —Tá rindo do que?

—O fato de você achar que é minha chefe, isso é hilário. -continuo rindo. —Leva você Agatha, eu estou ocupada. -volto minha atenção para a tela do computador.

—Eu até levaria se não tivesse um monte de coisas pra fazer, sabe como é né minha chefe acha que sou uma máquina.

—Eu não acho que você seja uma máquina Agatha para de drama só te dei alguns relatórios e reuniões a serem remarcadas. -digo ainda concentrada no novo projeto em meu computador.

—Você me deu 8 relatórios Ayla 8, não foram 2 foram 8 e ainda tem umas 5 reuniões pra remarcar e entre essas cinco está o senhor Horlando que é um cabeça dura e sempre quer tudo do seu jeito, só nele vai custar a minha tarde, fora que preciso ir no RH e no carinha que trabalha no 2° andar pra ver o negócio do computador e imprimir algumas papeladas que você me pediu, por que cá entre nós a impressora deles é melhor que a minha. -faz uns movimentos com as mãos em forma dramática. Suspiro em vencimento e levanto da minha adorável e confortável cadeira caminhando em sua direção. Era melhor assim, do que ficar ouvindo minha secretária falar na minha cabeça por horas.

—Dá isso aqui logo. -pego o convite de sua mão. —Pede meu almoço naquele restaurante que tem uma decoração incrível.

—Pode deixar.

É isso que eu quero dizer com "educadamente" para eu trazer o convite de casamento de seus pais para sua prima Samantha, que por coincidência é secretária de Luke. O mesmo cara que estou tentando evitar. O mais engraçado disso tudo, é que Agatha sabia e mesmo assim me obrigou a vir e entregar o grande cartão verde água. E na hora de entrar no elevador e finalmente ir embora ele decide que é uma ótima ideia parar de funcionar.

—Talvez seja o destino. -escuto Luke sussurrar.

—Como?. -o olho confusa.

—Nada não. -caminha pela milésima vez para o painel de botão.

—Desse jeito você vai quebrar, e nunca que vamos conseguir sair daqui. -digo ao vê-lo apertar o botão de emergência pela milésima vez dentro de 10 minutos. —Olha aqui Luke você tem algum problema comigo?. -me levanto já irritada. Tá talvez eu me arrependa de ter aberto a boca no exato momento que ele me olha.

—Desculpa?.

—Só foi um beijo e eu sei disso, não fique achando que estou esperando você me pedir em casamento pois não estou, somos dois adultos e sabemos lidar com esse tipo de situação então para de querer me evitar ou fugir de mim pois estamos trabalhando juntos na construção da sua loja e vamos nos ver durante um bom tempo.

Depois que sugeri nos "conhecer" melhor ficamos alguns minutos em silêncio assim que Luke disse seu motivo de ter uma empresa de jóias, ele se levantou depois da nossa pequena "conversa" e desde então está quase quebrando o botão de emergência de tanto apertar a cada segundo, como se estivesse querendo fugir de alguém, ou de mim. Já estava ficando chato esse clima entre nós dois dentro do elevador.

Tempestade- Série: Tentações Onde histórias criam vida. Descubra agora