49° capitulo

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Luke.

Eu corri para dentro do hospital desesperado, as lágrimas já tomavam conta do meu rosto, o desespero tomava conta de todo o meu corpo e meu coração estava doendo só de pensar em perdê-la. Eu não podia, simplesmente não podia perdê-la, Ayla era importante demais pra mim pra nossa história acabar assim, eu ficaria perdido se ela se fosse e dessa vez não teria volta, porra cara eu a amo com todo meu coração e cada célula do meu corpo mas nem essas palavras define o quanto eu a amo, o quanto eu necessito dela na minha vida, do seu cheiro, seus beijos, seu olhar, de tudo que ela mostra ser e é sem pensar.

Os policiais levaram Juliana para a delegacia, e pode ter absoluta certeza que vou fazer de tudo pra que ela não sabia de trás das grades, essa mulher já arruinou minha vida o suficiente e não irei deixar que uma possível vez aconteça, pelo menos não dessa vez.

Eu escutava vozes atrás de mim, mãos no meu ombro e meu nome sendo chamado várias vezes mas eu estava em transe, preso no meu próprio pequeno mundo de caos que criei no caminho até o hospital, eu não sei onde eles a levaram ou sua condição, minha noiva estava atrás daquelas portas e eu não conseguia reagir pra ter alguma informação sobre o seu estado mesmo que a ambulância chegou aqui a poucos minutos, eu precisava de informações mas meus pés não se moviam, minha voz não saia e meus olhos estão apenas fixados na porta onde a levaram na maca com alguns médicos e várias enfermeiras a sua volta.

—Luke. -escuto me chamarem de novo mas eu não conseguia responder. —Luke olha pra mim. -era Elinor, ela segura minha cabeça com as duas mãos e me obriga a olha-la, seus olhos estavam encharcados assim como os meus.

Luto contra mim mesmo para formar alguma palavra, nem que seja uma curta, mas nada sai. Uma lágrima cai em minha bochecha seguida de outra e outra, quando menos percebo estou chorando como um bebê no ombro da minha irmã, mãos me ajudam a sentar na cadeira do hospital enquanto suas mãos fazem carinho em meu cabelo enquanto diz que tudo irá ficar bem, que Ayla irá sair dessa por ser uma mulher forte. Então eu me agarro a essas palavras, a mulher que convivi e me apaixonei por todos esses meses é a mulher mais forte que vi e tive o prazer de colocá-la em minha vida, ela vai passar por isso.

Limpo meu rosto,me levanto e caminho até a recepcionista que masclava um chiclete enquanto brincava com o lápis em sua mão.

—Ayla Bennet. -digo sério chamando sua atenção.

—Boa noite gato, em que posso te ajudar. -pergunta informalmente.

—Primeiro sendo mais profissional, posso acabar com seu trabalho em menos de dois minutos, e segundo quero informações de Ayla Bennet. -bato as mãos no balcão fazendo a mesma levar um susto.

—Me...me desculpe senhor. -começa a mexer algo no computador. —A senhorita Ayla Bennet entrou na cirurgia de emergência a dez minutos, ainda não temos nenhuma informação recente. -diz mais formal.

—Obrigada. -agradeço

Ao me virar consigo ver todos na recepção do hospital, sentados e inquietos, caminho lentamente até meus amigos e me sento ao lado de Agatha que estava sendo amparada por Fernando -okay, isso é estranho- Chloe não estava, procuro minha cunhada e a encontro pegando café na cafeteria, Elinor estava no celular com alguém, escuto passos se aproximarem e vejo Alan.

—Desculpem o atraso, precisei resolver os negócios na delegacia e o trânsito estava horrível.

Quando a ambulância chegou Alan ficou encarregado de falar com os policiais e com nossos advogados, quanto antes essa mulher estivesse longe dos meus olhos melhor era. Alan era o único de nós que não mostrava suas emoções, ele é fechado e todos esses anos de amizade nunca o vi chorar nem de felicidade quanto de tristeza, ele não é uma pessoa fria apenas não gosta de mostrar sua fragilidade na frente dos olhos e de todos nós ele era o mais pé no chão.

Tempestade- Série: Tentações Onde histórias criam vida. Descubra agora