Capítulo 5- Promessa

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JADE

Christian deveria achar que eu era maluca

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Christian deveria achar que eu era maluca.

E talvez eu fosse, percebi enquanto me escondia dentro do banheiro feminino próximo à sala da primeira aula do dia.

A luz branca refletindo nos azulejos imaculados parecia ressaltar como minhas bochechas estavam vermelhas.

A verdade era que Chris tinha acertado em um ponto sensível quando esfregou na minha cara o quão hipócrita eu estava sendo com tudo aquilo. Eu tinha feito sexo casual com ele. E tinha gostado, o que era pior.

No entanto, por mais lindo que ele fosse, aquilo não era algo que eu conseguia entender. Nunca tinha me sentido assim antes. Matheus mesmo tinha dito que eu era frígida — não era lá muito... ativa na hora do sexo —, mas com Chris eu me entreguei de um jeito que nem sabia ser possível.

— Para com isso, Jade! — ordenei para mim mesma, encarando o meu reflexo, e dei tapinhas nas bochechas para ganhar alguma clareza.

Chris tinha deixado claro que seu único interesse era sexo casual e eu não queria aquilo. Eu queria uma conexão de verdade, algo além do físico.

Eu nem deveria estar racionalizando tanto. Nada frutífero sairia dali.

A única hipótese possível seria eu ceder, acabarmos na cama outra vez e eu me machucar me apaixonando por ele. Por isso, fiz uma promessa para mim mesma: não importava o quão absurdamente lindo e charmoso Christian Young fosse, eu não iria para a cama com ele.

Passei um pouco de água nas bochechas para abaixar a temperatura delas e respirei fundo antes de voltar para a classe.

Agora, faltando cinco minutos para a aula começar, a sala estava lotada e agradeci a algazarra de conversas animadas quando entrei.

Meu olhar encontrou Christian com facilidade ao lado de Samuel. As cabeças deles estavam juntas enquanto conversavam parecendo muito sérios sob o olhar quase entediado da amiga deles.

Como se pudesse sentir a minha aproximação, o rapaz com traços asiáticos ergueu a cabeça para mim.

Dessa vez, porém, ele não sorriu, apenas me encarou com uma expressão indecifrável.

Ele provavelmente iria se afastar de mim já que eu não caí nos seus encantos como toda mulher em um raio de cinquenta metros. Ele deveria ter chegado à conclusão lógica de que eu não valia os seus esforços.

Respirei fundo e me encaminhei para o meu lugar.

Tirei o material de dentro da minha bolsa e brinquei com o relógio, girando a correia de metal  ao redor do pulso.

A professora chegou logo depois de mim e disse um boa noite sério que foi respondido por alguns alunos.

A mulher era linda e parecia uma leoa, com os cabelos castanhos com mechas douradas em cachos volumosos. Sua roupa — um vestido amarelo na altura do joelho e as unhas longas em um tom de nude ressaltavam ainda mais essa semelhança.

Depois da meia-noite [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora