CHRISTIAN
Guiei Jade para dentro do meu apartamento com o coração aos saltos, ainda acelerado do beijo quente dentro do elevador.
Não vou mentir, não era a minha primeira vez fazendo aquilo, mas com Jade... Era tudo muito diferente e novo, como se eu nunca tivesse feito aquelas coisas.
Eu não sabia direito como agir, ou o que dizer.
Fiquei apreensivo quando abri a porta e a guiei pelo pequeno hall de entrada.
Ela me imitou quando tirei os sapatos e deixei ao lado da porta.
Jade ergueu a cabeça, observando os detalhes com uma clara expressão de arrebatamento que iluminava seu rosto inteiro.
Era incrível como Jade parecia mais e mais bonita cada vez que eu a via, cada expressão nova que eu descobria. Cada parte dela era mais bonita que a anterior.
Aquele encantamento surpreso que fez seus olhos brilharem como duas estrelas... Eu sabia que teria que batalhar e pensar muito para fazer ela ter aquela expressão outra vez.
Eu precisava que ela tivesse aquele brilho.
A levei para um tour rápido pelos cômodos principais e parei no corredor, diante do meu quarto.
Senti aquela pulsação tão conhecida no baixo ventre e Jade parou de admirar o corredor para voltar o olhar na minha direção.
Suas sobrancelhas estavam franzidas em uma expressão que não parecia nada boa.
No entanto, como sempre, Jade fez a última pergunta que eu esperava:
— Você mora sozinho?
Pisquei, surpreso.
— Sim. Por quê?
Jade pressionou os lábios antes de abrir um sorrisinho de quem se desculpa.
— É só que... esse apartamento é imenso. Digo... — ela fez um gesto abrangendo o corredor atrás de si. — Aquela sala é maior que o meu apartamento inteiro.
Pior que eu nem duvidava daquilo.
Ela continuou:
— Eu não conseguiria morar sozinha em uma casa desse tamanho. Ia me sentir muito solitária.
— É bom pra dar festas — comentei em defesa do meu apê. — E quase nunca estou sozinho aqui — completei erguendo as sobrancelhas.
Ela desviou o olhar.
— Pois é — murmurou.
Depois de uma pausa constrangedora, abri a porta, revelando meu quarto.
Jade assobiou.
— Muito bonito — comentou, surpresa. — E bem diferente do resto da casa. Ele é a sua cara.
Dei risada.
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Depois da meia-noite [CONCLUÍDA]
ChickLitAs festas de fim de ano não estavam muito festivas para Jade. Ela perdeu o emprego, levou um pé na bunda na véspera de Natal e ainda por cima teria que passar o Ano-Novo ao lado de um casal de amigos que irradiava amor. Determinada a melhorar o ast...