Capítulo 7- Amigos

6.6K 957 407
                                    

JADE

Eu estava morta quando cheguei em casa depois do meu primeiro dia como auxiliar da Pâmela

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu estava morta quando cheguei em casa depois do meu primeiro dia como auxiliar da Pâmela.

Era inacreditável o tanto de coisa que tínhamos que fazer, ligar, mandar e-mail e agendar horários, e estar super consciente de que Christian estava a apenas um vidro de distância não ajudava muito.

— E aí — Lívia me cumprimentou com uma máscara de argila branca na cara e uma touca de banho escondendo os cabelos dourados. — Como foi?

Chutei as sapatilhas pretas para fora dos meus pés e suspirei pesadamente.

— Tudo bem — comentei da forma mais desinteressada possível, a mente ainda tentando lidar com o fato de que com tantos lugares para ele trabalhar, tinha que ser logo na F&F. — A doutora Sheila disse que gostou do meu trabalho e amanhã já entro como temporária.

Lívia deu um gritinho agudo e me abraçou com força.

Me esquivei um pouco para que sua máscara de argila não pegasse na minha melhor camisa social e sacudi a cabeça de forma reprovadora, embora o sorrisinho curvando meus lábios tenha estragado o efeito que eu queria passar.

— Eu sabia! — exclamou dando pulinhos. — Eu sabia!

Depois de extravasar sua animação, minha amiga me olhou com uma cara engraçada.

Ela deitou a cabeça e lado como um cachorrinho tentando entender alguma coisa.

— Por que você não parece muito feliz? — questionou e agora a minha careta era de verdade. — Você deveria estar dando piruetas, não com essa cara de enterro.

Franzi o nariz.

Era impossível esconder qualquer coisa de Lívia por mais de dois segundos.

Me sentei no nosso pequeno sofá e brinquei com a pulseira do meu relógio.

— O Chris é estagiário na firma — contei e deixei a cabeça pender para a frente, completamente humilhada.

Um som oco saiu da boca de Lívia quando  o seu queixo caiu, me lembrando uma exclamação.

— Mentira! — ela finalmente disse depois de abrir e fechar a boca duas vezes.

Nem respondi, apenas suspirei e olhei para a minha amiga.

Lívia cobriu a boca. O contraste entre os dedos de um lindo tom dourado com a cara branca da sua máscara facial era meio assustadora e em outras circunstâncias até seria engraçado, mas naquele momento eu não conseguia rir.

Fiz que sim com a cabeça. Por pior que fosse, aquela era a verdade.

— Meu Deus amiga, é muito o Destino agindo!

Ergui os olhos para o teto. Lívia e sua história de Destino de novo.

Embora fosse mesmo esquisito, não era de todo impossível acabarmos trabalhando no mesmo lugar.Querendo ou não, estávamos no mesmo círculo de trabalho.

Depois da meia-noite [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora