JADE
Meu coração estava tão acelerado dentro do peito que chegava a doer quando abri a porta para a rua com o capacete no cotovelo.
A Harley-Davidson estava lá fora, refletindo os raios dourados do fim de tarde, assim como o seu dono.
Chris estava com o quadril apoiado na motocicleta, os braços musculosos cruzados contra seu peitoral forte.
— Oi — murmurei com o rosto vermelho, observando-o.
Um sorriso surgiu no seu rosto, mas não alcançou os olhos escuros. Eles estavam queimando como carvão em brasa, descendo pelo meu corpo e deixando-o em chamas.
Respirei profundamente pela boca como se isso pudesse abaixar a temperatura da minha pele.
Como meus pés aparentemente estavam grudados no cimento da calçada, Chris foi quem se aproximou com passos comedidos.
Sua mão encaixou na lateral do meu rosto e o polegar se apoiou contra os meus lábios.
— Chris... — murmurei sem ar.
Seu nariz roçou meu pescoço e a mão que estava no meu rosto passou para o cabelo.
— O que foi, linda? — perguntou baixinho.
Minhas pernas bambearam e ele ainda nem estava me beijando!
Sua boca encontrou meu queixo antes de finalmente cobrir minha boca em um beijo que me fez estremecer outra vez.
Chris foi muito gentil a princípio, como se estivesse testando a resposta que teria para só então se soltar completamente, me prendendo contra a parede do prédio.
Agarrei seus cabelos escuros, retribuindo na mesma intensidade.
Minha cabeça estava girando quando nos afastamos e Chris recuou um passo.
— Nós estamos bem, não estamos? — perguntei quando finalmente consegui recuperar o fôlego.
Chris sorriu e dessa vez foi o sorriso lindo que fazia meu coração parar por um segundo, aquele que fazia os olhos se fecharem.
Ele então pegou minha mão e enlaçou nossos dedos antes de levar à boca e beijar.
— Estamos sim, linda — respondeu suavemente. — Vamos?
Concordei com a cabeça.
Atravessamos a curta distância até a motocicleta de mãos dadas e eu não pude me impedir de sorrir por um segundo sequer.
Christian me ajudou a subir usando sua mão como apoio.
— Que educado — murmurei apreciativamente.
Christian riu.
— Só de vez em quando.
Coloquei o capacete na cabeça e Chris colocou o seu antes de dar partida na motocicleta.
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Depois da meia-noite [CONCLUÍDA]
ChickLitAs festas de fim de ano não estavam muito festivas para Jade. Ela perdeu o emprego, levou um pé na bunda na véspera de Natal e ainda por cima teria que passar o Ano-Novo ao lado de um casal de amigos que irradiava amor. Determinada a melhorar o ast...