Capítulo 8- Almoço

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CHRISTIAN

Era muito estranho ter Jade no escritório, rindo e conversando com Pâmela além do vidro que separava a recepção da nossa "sala"

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Era muito estranho ter Jade no escritório, rindo e conversando com Pâmela além do vidro que separava a recepção da nossa "sala".

Ela parecia de certa forma diferente da garota que estudava comigo, mais sorridente e animada, em vez de fechada no seu mundinho. Era hipnotizante.

— Acho melhor colocar um copo embaixo do queixo do Chris — Júlio comentou, como o idiota que era. — Ele vai babar olhando para a menina nova.

Apenas ergui o olhar na sua direção enquanto Rodolfo ria do seu amigo.

— Eu já terminei o que tinha que fazer — me gabei cruzando as mãos atrás da nuca e me recostando na cadeira acolchoada. — E você?

Ele me lançou um olhar irritado antes de voltar a olhar a tela do seu computador. Babaca.

Mandei uma mensagem para o doutor Stefano perguntando se ele precisava que eu fizesse mais alguma coisa e é claro que sim, porque estagiário não tem um minuto de sossego.

Voltei a fazer as minhas coisas, mas, de vez em quando, olhava na direção da mesa de recepção.

Quando Pâmela se levantou e foi na direção do banheiro, uma inspiração me atingiu e fui na recepção, muito ciente dos olhares dos caras atrás de mim.

Peguei um copo de café e, despretensiosamente, apoiei o quadril na mesa de Pâmela.

Ergui uma sobrancelha para Jade e dei um gole no meu café sem açúcar sem jamais tirar os olhos do rosto dela.

— O que você quer? — perguntou por fim.

— Não posso simplesmente querer dar um oi para a minha amiga? — respondi piscando os olhos da forma mais inocente do mundo.

Jade estreitou os olhos por trás do seu óculos, não parecendo nem um pouco convencida da minha boa-vontade.

— Não.

Meu Deus. Ela realmente tinha alguma coisa contra mim, não era possível.

— Não quando nós dois deveríamos estar trabalhando — emendou com as bochechas vermelhas. — Podemos falar no intervalo da aula.

Sorri. Progresso. Com certeza ela não teria acrescentado aquilo se fosse alguns dias antes.

— É rapidinho. Preciso perguntar duas coisas.

Ela suspirou pesadamente antes de assentir.

— Pergunta então — cedeu com evidente má-vontade.

— Primeira: por que você ainda não me aceitou no Instagram?

Jade passou a língua pelos lábios macios, atraindo a minha atenção para eles.

Depois da meia-noite [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora