Capítulo 17- Casa

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JADE

O sol da manhã mal tinha nascido e eu já estava do lado de fora do prédio congelando, abraçada ao meu próprio corpo

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O sol da manhã mal tinha nascido e eu já estava do lado de fora do prédio congelando, abraçada ao meu próprio corpo.

Corri alguns passos para ficar no fraco sol matinal. Qualquer calor era bem vindo naquela manhã particularmente fria.

Como iríamos viajar de moto, optei por colocar botas, uma jaqueta e calça jeans para me proteger de qualquer problema na estrada. Uma parte do caminho não era asfaltada e era bem problemática mesmo de carro. Se acabássemos caindo, pelo menos estaria protegida.

Observei o sol lançando seus raios dourados pelas ruas ainda adormecidas da cidade, espantando a bruma gelada que envolvia os prédios e dando tons dourados à cidade sem cor.

O ronco do motor me avisou que a minha carona estava chegando e ergui as sobrancelhas ao vê-la se materializando na esquina.

A moto que eu conhecia tão bem agora tinha o acréscimo de um baú preto atrás.

Christian saltou da motocicleta. Ele estava vestido de preto da cabeça aos pés. Ao menos o que eu podia ver, já que ele estava com uma jaqueta de motociclista fechada até o pescoço. Sua calça jeans e bota eram da mesma cor.

— Oi — cumprimentei Christian.

Ele tirou o capacete, sorrindo para mim, e encaixou no guidão da Harley junto com uma sacola preta.

Em duas passadas largas, ele me alcançou.

Seu braço imenso envolveu a minha cintura e ele me puxou de encontro ao seu corpo.

Fechei os olhos, me entregando ao beijo quente e afoito, explorando por cima da sua roupa. Meus dedos se entrelaçaram nos seus cabelos escuros e muito macios.

Era tão estranho pensar que até algumas semanas atrás eu o estava evitando. Porém, ao mesmo tempo, uma parte de mim me lembrava que Chris era um jogador e que a qualquer momento aquela fantasia linda iria se desfazer. Eu não podia me apegar demais a ele. Só que era difícil demais pensar nisso com ele sendo tão fofo e gentil.

Apoiei a cabeça contra o seu peito, onde o coração batia rápido.

— Cadê as suas coisas? — questionou com a boca a centímetros da minha orelha e um arrepio delicioso me percorreu.

Recuei um passo e mostrei a pochete simples que razia ao redor da cintura.

— Estou indo para casa — expliquei em voz baixa. A cidade estava tão silenciosa que parecíamos as duas úlimas pessoas no planeta. — Tenho tudo que preciso lá. Só estou levando meus documentos, celular e umas coisinhas mais pontuais.

Christian sorriu e seus olhos quase se fecharam, o que fez o meu peito se apertar. Serpa que algum dia eu iria me acostumar com seu sorriso?

— Viagem leve — falou como se isso fosse um elogio.

Depois da meia-noite [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora