Capítulo 10- Mensagem

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JADE

Meu coração estava acelerado quando ergui a cabeça e encarei o rosto um pouco acima da minha linha de visão

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Meu coração estava acelerado quando ergui a cabeça e encarei o rosto um pouco acima da minha linha de visão.

Chris parecia um anjo vingador, o rosto dividido entre luz e sombras conforme as luzes pulsavam na festa, me lembrando que, apesar do que parecia, não estávamos sozinhos ali. As pessoas dançavam, riam e conversavam completamente alheias ao drama ocorrendo meio escondido no cantinho do salão.

Um braço forte circulou minha cintura e Chris me puxou para o seu lado. A postura ereta indicava que ele não estava muito feliz.

Ele inclinou para falar no meu ouvido, para ser ouvido acima da música alta.

— Algum problema aqui? — Chris perguntou.

— Não — respondi sacudindo a cabeça, mas não consegui enganar nem a mim mesma. — Eu posso resolver.

Ele se afastou para ver meu rosto.

As sobrancelhas de Chris estavam baixas em uma carranca, deixando claro que não acreditava em uma letra do que eu tinha dito. Merda.

— Jade... — começou, exasperado.

— Quem é você? — Matheus berrou para o rapaz, os olhos embotados fixos naquele belo espécime da raça masculina ao meu lado.

Christian lançou um olhar irritado para Matheus. Não, irritado não.... aborrecido. Como se estivesse responsável por vigiar uma criança particularmente birrenta.

— Não importa — replicou com uma simplicidade desconcertante. Ele agarrou a minha mão, entrelaçando nossos dedos com força suficiente para doer, me segurando como se temesse que eu escorregasse. — Vem, vou te levar até a sua amiga.

Chris não me deu tempo para protestar e me arrastou pelo salão.

Quase precisei correr para manter o rimo das suas pernas longas.

— Você não precisava interferir — gritei quando Matheus já não estava por perto. — Eu tinha tudo sob controle.

Chris me encarou descrente, o rosto sendo iluminado pelas luzes coloridas da balada.

— Claro que tinha — respondeu com sarcasmo. Ao menos eu achava que era sarcasmo, a julgar pela sua expressão.

Revirei os olhos. Quanta maturidade!

— Acho que ele já foi — repliquei irritada com o seu comportamento estúpido. — Vou procurar a Lívia.

— Eu vou com você.

Ergui uma sobrancelha e resposta, mas sua expressão era impassível, resoluta.

— Eu disse que ia te levar em segurança para a sua amiga — explicou como se eu fosse burra demais para entender algo simples. — E é isso que vou fazer.

Depois da meia-noite [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora