Capítulo 32- Ódio

5.8K 857 1.1K
                                    

JADE

O primeiro fim de semana com o gato no apartamento não foi tão divertido quanto eu esperava

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O primeiro fim de semana com o gato no apartamento não foi tão divertido quanto eu esperava.

Acordei de um pulo com o som assustador como de alguém tentando arrombar a pora do meu quarto e, grogue, meu coração parou por um segundo inteiro antes de um miado fantasmagórico rasgar a madrugada.

Merda.

Resmungando, saí da minha cama quentinha em direção à sala, onde tinha deixado o filhote dormindo.

— Gatinho — pedi em um sussurro desesperado. — Shh! Vão me fazer te por pra fora se você não ficar quieto.

Claro que o felino não me deu a menor atenção e, como se para me contrariar, soltou um longo miado agudo antes de voltar à missão de arranhar a porta em um som chato e doloroso de ouvir.

Alguém no andar de baixo bateu o que eu suspeitava ser uma vassoura contra o meu piso.

— Será que você tá com fome? — perguntei inutilmente como se o bichano fosse me responder.

Embora eu soubesse que não era aconselhável dar leite de vaca para gatos, estava cansada demais para argumentar — ou para comprar leite especial.

Por isso fui para a cozinha e despejei meio copo de leite em um pires que completei com água para dar uma diluída.

Sentei diante do balcão para esperar o bichinho tomar o leite, mas ele ignorou completamente a bebida e voltou a miar.

— Eu sei que você quer sair, bebê — comentei, exausta. Aquela era a única opção, não era? —, mas não pode.

Meu celular tocou no quarto e eu o atendi.

Olhei o número que não estava salvo na agenda, mas o ddd era da cidade.

— Alô? — atendi, ansiosa. E se tivesse acontecido algo com Lívia? Ou com os meus pais?

— São quase três da manhã! — a voz masculina rosnou. — Faz esse gato calar a boca ou eu mato ele! Se você não trabalha saiba que tem gente que trabalha sua...

Desliguei a chamada. Quero dizer, sim, é um saco ser acordado no meio da madrugada independente do motivo, mas como alguém podia ser tão sem escrúpulos para ameaçar um animalzinho indefeso?

— Viu só? — comentei desesperada com o bichano, me agachando para ficar de frente para ele. — Já querem te por pra fora. Fica quietinho, neném!

Ele me olhou por um segundo antes de dar mais um miado, dessa vez mais curto que soava muito com uma reclamação.

Peguei o animal no colo e o gatinho miou mais uma reclamação injuriada.

Eu o levei para a minha cama, envolvendo-o no meu cobertor.

O felino explorou a cama, pisando em cima de mim antes de afofar a coberta e apoiar a cabecinha minúscula contra o meu pescoço.

Depois da meia-noite [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora