Capítulo 11- Convite

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JADE

Acordei com o meu celular tocando na mesinha de cabeceira ao meu lado

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Acordei com o meu celular tocando na mesinha de cabeceira ao meu lado.

Lívia resmungou alguma coisa ininteligível mas não acordou.

Diferentemente dela, todo o sono me abandonou.

Uma sensação de dormência tomava a ponta dos meus dedos quando peguei o aparelho, desplugando o carregador em um movimento só.

Qual motivo alguém teria para me ligar àquela hora? O único que eu conseguia pensar era que alguma coisa tinha acontecido com os meus pais. E eu estava longe demais para ser de alguma serventia, o que com certeza piorava tudo.

Ansiosa como estava, nem olhei para ver o identificador de chamadas e já pulei da cama para não atrapalhar Lívia e levei o aparelho ao ouvido.

Um som alto de conversas, risadas e música se fazia ouvir do outro lado da linha.

— Alô? — atendi, instável.

— Jade! — a voz masculina  gritou do outro lado e riu. — Cadê você?

Por um segundo tudo que eu fiz foi ficar estática no minúsculo corredor, no entroncamento entre os dois quartos e o banheiro.

Filho da puta...

— Matheus?

— Cadê você? — repetiu com a voz de bêbado.

Não respondi, simplesmente desliguei a chamada.

Eu queria voltar na Weeknd só pra dar dois tapas na cara dele.

Voltei para a cama espumando de raiva e afofei o travesseiro com socos fingindo que era a cara do meu ex.

O celular tocou outra vez e recusei a chamada.

— Desliga isso — Lívia reclamou com a voz grogue ainda meio adormecida e fez um movimento de quem está tentando afastar uma mosca. Ao menos eu achei que era isso. Era difícil saber no quarto escuro. — Já disse que não vou pra aula, mãe.

A minha ira deu lugar ao riso e precisei morder o interior da bochecha para não gargalhar.

— Tá bom — respondi depois de engolir as risadas e acariciei os fios lisos do cabelo da minha amiga. — Volta a dormir.

— Obrigada — suspirou e virou de costas para mim.

Como o meu coração ainda estava acelerado, não consegui dormir e amaldiçoei Matheus por ter me acordado às três da manhã de um sábado.

Fiquei encarando o teto enquanto Lívia ressonava suavemente ao meu lado.

Fala sério, por quê Matheus tinha que ressurgir das profundezas do inferno agora, quando minha vida finalmente estava entrando nos eixos novamente?

Depois da meia-noite [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora