Capítulo 28- Apoio

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JADE

Eu te amo, linda

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Eu te amo, linda.

Quatro palavrinhas que eu nunca esperei ouvir da boca de Christian. Ao menos não naquela ordem.

Nenhum de nós falou nada, apenas nos encaramos por um tempo que parecia infinito.

Ele então limpou a garganta e sorriu um daqueles sorrisos tortos que faziam o coração parar de bater.

— Você me ama? — repeti.

— Nossa, isso soou sério, né? — comentou e riu. — Não disse eu te amo no sentido de "vamos nos casar e ter dois filhos e um cachorro".

Meu coração se apertou dentro do peito. Se ele tivesse me dado um soco teria doído menos. Bem menos.

— E qual outro sentido tem pra essas palavras, Christian? — eu quis saber me sentando na cama macia para encará-lo.

Cobri minha nudez com um travesseiro, me sentindo terrivelmente exposta.

Suas sobrancelhas se franziram e os lábios se reviraram em uma careta antes dele completar:

— Você pode me desamarrar para a gente conversar?

Constrangida, eu o desamarrei e ele moveu os pulsos, girando-os antes de se sentar de frente para mim.

Ele não se cobriu e mesmo contra a minha vontade meus olhos se fixaram em seu peitoral definido, levemente rosado dos arranhões que eu deixei na sua pele.

— Eu te amo como uma amiga — explicou com a voz mansa, tendo o bom senso de ficar do lado oposto a onde eu estava. —Você traz o melhor de mim e me entende tão bem... na cama e fora dela.

Soltei uma respiração curta pela boca. Quando eu achava que não podia ficar pior...

— Então você diz "eu te amo" para todas as garotas?

Ele sorriu, nem um pouco perturbado enquanto eu mal podia respirar.

— Só para as que eu considero minhas amigas — corrigiu.

Nossa, quantas vezes ele ia partir o meu coração?

— E você transa com todas as suas amigas ou esse é um privilégio reservado apenas para mim? — Será que ele podia ouvir a mágoa por baixo do sarcasmo tão bem quanto eu?

— Tendo em mente que eu só considero duas mulheres minhas amigas e eu já transei tanto com você quanto com a Nanda, acho que isso dá uma taxa total de cem por cento de transar com as minhas amigas.

Senti meus olhos pinicarem com a vontade de chorar e fixei o olhar na televisão escura na parede oposta à cama.

Inacreditável.

Eu era uma idiota mesmo.

Me levantei e procurei minhas roupas pelo quarto.

— Ei — chamou se levantando só então percebendo que alguma coisa estava errada. — O que foi? Aonde você vai?

Depois da meia-noite [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora