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Oi hihihi, olha quem voltou. A fic precisa de um final digno não é meixmo? Pois cá estamos nós para finalizar isso de maneira apropriada. Me perdoem pelo sumiço, aconteceram tantas coisas... cês nem imagina kkkkkkk. Mas sem enrolação, bora logo pro capítulo.


Fiquei ali sentado encarando aquela coisa que não se mexia, não conseguia sentir meu corpo, as imagens daquela tela estranha haviam sumido e eu sentia um frio desagradável. Estiquei todo o meu corpo em direção à cópia e tentei puxá-lo com a mão livre, senti uma garra raspar em sua roupa, mas foi só isso. Ele estava longe demais e eu precisava de um plano para voltar. Olhei para o meu tornozelo acorrentado e a ideia que passou pela minha mente fez meu rosto retorcer em uma careta antecipada de dor. Sentei no chão e encarei meu pé por um tempo, respirei fundo umas três vezes e segurei o tornozelo com as mãos; fiz rápido o suficiente para a dor chegar depois de acabado.

Com o osso deslocado ficou mais fácil de me livrar das correntes, repeti o processo no outro pé e fiz o mesmo com o dedão da mão ainda acorrentada. Entorpecido pela dor, me arrastei até minha cópia e segurei sua garganta com a mão livre, as garras perfuraram sua pele de leve e alguns filetes de sangue saíam das feridas.

Aquilo levou o mesmo tempo para acordar que meu corpo para se curar, senti o solavanco do susto dele ao acordar imobilizado por mim, sua respiração acelerada durou cerca de dez segundos, logo uma risada doentia escapou de seu lábios e senti um calafrio percorrer minha espinha. Forcei mais as garras em seu pescoço, ele não tinha medo de morrer não?

- O que foi, Deku? Vai me matar? – Cogitei o fazer assim que ele perguntou, mas eu precisava de respostas.

- Depois que me disser tudo sobre o que está acontecendo é que decido seu destino. – Falei quase rosnando.

- Fomos nocauteados, não é óbvio? – Mais uma risada sarcástica, eu estava sem paciência.

- Onde estamos? Por quê? – Ele bufou impaciente e senti quando engoliu em seco.

- Sou seu lado bestial, a parte ruim da maldição, o tal temido Fenrir. – Se era verdade, como nunca consegui achar tal informação nos pergaminhos? Shin sabia? Todos sabiam? Por isso não me deixavam usar minha força total?

- Se isso for mesmo verdade, o que acontece se eu te matar? – Apertei mais as garras e ele engoliu com dificuldade.

- Diga adeus ao seu lado lupino. – Aquelas palavras fizeram meu sangue gelar, nunca mais ser um lobo?

Contra minha vontade, o soltei e me afastei, ele sorriu e limpou o sangue do pescoço. Meu corpo estava apagado, nenhum de nós estava no controle, o que significava que todos estavam seguros, mas o que iria acontecer quando eu despertasse? Aquela versão sombria não poderia assumir o controle, nunca! Mas como impedir? Matá-lo me tornaria humano, talvez eu devesse permanecer apagado, assim ninguém sairia ferido... mas e Katsuki? Ele foi levado pelos caçadores, eu precisava salvá-lo, mas seria impossível com aquela coisa ali.

- O que pretende? Nos manter em coma? – Ele me olhou com um ar de superioridade e sorriso ladino. – Sou mais forte que você, posso nos acordar e terminar o serviço.

- Então o que ainda está fazendo aqui? – O sorriso dele se desfez e uma expressão raivosa tomou lugar.

- Não tem como ganhar, Deku. Vai ter que abrir mão do seu mundo para isso. – Ele assumiu posição de combate e fiz o mesmo.

O primeiro golpe veio dele, consegui desviar por pouco, aquilo teria arrancado meu olho se acertasse. Em contrapartida, chutei suas costas e o fiz perder o equilíbrio; avancei mirando em seu peito, ele bloqueou meu ataque e recebi uma cotovelada no rosto. Ficamos um tempo parados analisando pontos de ataque, não desviei o olhar ou pisquei, ele não perderia tempo e me atacaria a qualquer momento. Como pensado, ele veio pra cima de mim, consegui esquivar e acertá-lo na barriga; o sangue deixou meus dedos pegajosos e o vi arquear de dor pelo ferimento.

- Só tem isso para oferecer? – Ele cuspiu sangue e logo voltou a avançar.

Minha tática era praticamente esquiva, talvez, só talvez, se eu o fizesse perder muita energia, conseguiria aprisiona-lo e retomar o controle.

- Ainda não entendeu? – Ele falou com dificuldade devido a respiração cansada. – Somos a mesma pessoa, mesma energia, se eu fico cansado, você também fica.

Meus membros já estavam ficando mais pesados e meus movimentos mais lentos, daquele jeito iríamos cair de exaustão e nada seria resolvido. Eu tinha que acordar logo e ir atrás de Katsuki, sabe-se lá o quê estão fazendo com ele. Por alguns segundos, as imagens daquele pesadelo passaram por minha mente, eu não o deixaria morrer, preferia perder tudo à deixa-lo. Foquei meu alvo e reuni energias para o último ataque, aquele seria definitivo; corri em direção à cópia, desviei de um ataque e acertei sua coxa, o fazendo cair sob um joelho. Segurei seus braços atrás de seu corpo e cravei os dentes em sua jugular, senti o sangue encher minha boca e escorrer pelos cantos; ele se debateu de início, mas foi ficando mais fraco e o soltei quando seu corpo perdeu qualquer sinal de vida.

Olhei para meu reflexo desfalecido e senti que parte de mim havia morrido, a imagem sombria e distorcido de mim estava desaparecendo aos poucos, ficando transparente como um fantasma até não sobrar nada e nem ninguém além de mim. Virei para o telão e fechei os olhos, me concentrei em sentir meu corpo e fui abrindo os olhos devagar. Não era mais aquele lugar vazio e estranho de antes, o teto de palha e o cheiro de remédios me deixaram um pouco mais aliviados, meu corpo doía e latejava, tentei levantar, mas duas mão me empurraram de volta.

- Permaneça deitado, seu corpo está fraco. – Aquela voz não era estranha, tentei farejar o sangue, mas não captei nada.

- O quê... – Minha voz saiu falha e arranhava minha garganta.

- Não se force muito, ainda precisa descansar. – A figura a minha frente estava distorcida, mas consegui reconhece-la.

- Toshinori? O que você está fazendo aqui? – Perguntei com dificuldade.

- Seu mate enviou um sinal de socorro. – Mate? Katsuki?

- Katsuki?! Onde ele está? – Levantei rápido demais, fiquei tonto e caí de novo, não consegui permanecer consciente, a escuridão me alcançou antes de ouvir a resposta.


Sorry se ficou ruim, mas é o que minha inspiração tá deixando fazer. Por hoje é só lobinhos, um xero 😘🐺

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