Clarie Snow nunca levou desaforo para a casa, aos 18 anos, filha de uma das pessoas mais ricas do país, a loira consegue iniciar a faculdade mas não esperava que teria tantos problemas ao conhecer Ethan Loyal.
Ele nunca se instigou tanto por alguém...
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— Nós organizamos esse jantar para dar um comunicado.— Meu pai fala repentinamente e eu o olho curiosa.
— Nós iremos fundir as nossas empresas.— O pai de Ethan diz e todos do evento o olhamos surpresos.
— Por qual motivo?— Pergunto, começando a me preocupar.
Não é só isso, eu tenho certeza, tem outra coisa que eles querem falar e eu acho que já sei o que é.
— Achamos que se unirmos as forças, todos sairão ganhando.— Meu pai fala e eu suspiro relaxada pensando que era apenas esse o comunicado.
— Fico feliz por isso, espero que dê tudo certo.— Lauren, prima de Ethan, fala.
Com delicadeza, pego a taça de champanhe e tomo um gole mas antes que eu engula, eu consigo ouvir o que eu não queria.
— Achamos que isso seria uma oportunidade para vocês, jovens, começarem a trabalhar na empresa.— Quando meu pai diz isso, eu cuspo todo champanhe que estava bebendo na cara de Ethan.
— Caralho, olha o que você fez.— Ele grita e percebo que o terno dele, que estava perfeitamente alinhado e linpo, está todo molhado.
— Me deculpa, eu só fiquei surpresa.— Falo desesperada e saio da mesa, com muita calma para não fazer nenhuma cagada.
Ignoro o grito de meu pai e quando vejo que ninguém está perto de mim, eu começo a correr pelo corredor do hotel em que a festa ocorreu, para facilitar minha corrida, retiro meus saltos e jogo para longe.
Finalmente paro de correr e deixo as lágrimas escorrerem pela minha bochecha, eu não posso trabalhar naquela empresa, eu tenho nojo daquele lugar.
Me sento no chão do lugar, ignorando tudo a minha volta e começo a chorar muito, a esse ponto eu devo estar com a maquiagem toda borrada mas eu estou pouco me fodendo.
Eu só consigo pensar em trabalhar naquele lugar.
Meu vestido estava me deixando suada, então para facilitar as coisas, rasgo, com minhas próprias mãos, a parte do pé até minhas coxas, formando uma fenda bem mal feita.
Fodasse, eu não vou voltar para o evento, ninguém vai ver meu estado.
Começo a pensar em como eu tenho trauma daquele lugar, eu não posso voltar para aquilo, nem em meus piores pesadelos.
Lembrar da cena que eu vi é um castigo.
Quando estou quase me levantando para sair da festa, eu percebo que Ethan se sentou ao meu lado.
— Você está um caco.—ele diz com calma e me estende um lenço para mim.
— Obrigada.— Digo e percebo que ele olha para minha coxa esposta mas desvia o olhar logo depois.
— Quer conversar?— Ele me pergunta e eu nego.— Quer um abraço?— Dessa vez, eu aceno com a cabeça.— Vem aqui.— Ele me diz e passa os braços pelos meus ombros, enquanto eu apoio a cabeça em seu peito.— Me desculpa por ter sido grosso com você, foi momentâneo.
