Capítulo Trinta e Quatro

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"A inteligência apenas vale ao serviço do amor." Antoine de Saint-exupéry

" Antoine de Saint-exupéry

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[Príncipe Felipe]

-Eu não sei o que nosso pai está pensando, Felipe, mas com certeza ele não está em seu juízo perfeito. Sem sombra de dúvi...

Frederick resmunga pelo que deve ser a décima vez consecutiva sobre o mesmo assunto, demonstrando claramente o estado de incômodo e impaciência em que se encontra por dentro, enquanto o alfaiate que trabalha para os homens da nossa família há anos e sua equipe, ajustam os últimos detalhes necessários em nossos trajes, para que tudo esteja perfeitamente como desejado para o grande dia.

-Senhor... pode permanecer parado nesta posição por apenas alguns segundos? Não será demorado, em breve estaremos concluindo o...

-Pare de se mover feito o Rufus, irmão, deixe Narcisi e seus homem fazerem o trabalho deles.

Digo com um revirar de olhos irônico para ele, e me volto para Narcisi com um olhar condescendente, escondendo uma risada debochada.

-Perdoe meu irmão, Narcisi, ultimamente ele tem andado em constante mal humor, mas acho que isso tudo é sinal de inveja, meu caro. Quem sabe se planejarmos um casamento para ele também, ele não melhore e deixe de ser um pouco ranzinza? Uma boa mulher, determinada e perseverante, que lhe coloque um cabresto talvez resolva o problema de instabilidade que Frederick possui.

Eu brinco e como resposta recebo de Frederick um olhar cortante como gelo, que faço questão de ignorar ao emitir uma sonora gargalhada, diante dos olhares atônitos dos rapazes que auxiliam o alfaiate no ajuste dos trajes. Narcisi como já conhece a dinâmica entre meu irmão e eu há tempo suficiente para entender a personalidade de Frederick, e maneira que tenho de lidar com ela, limita-se à apenas menear a cabeça discretamente, e soltar um suspiro exausto, quase que de modo imperceptível.

-Ora, cale a boca, Felipe! Você não sabe o que fala. Acho que a pressão às  vésperas do casamento estão deixando-o louco.

Frederick bufa exasperado e me encara seriamente com as pálpebras semicerradas através do espelho.

-Jamais permitirei que mulher alguma comande minha vida. Nunca irei submeter-me a tamanho absurdo ou disparate. -ele se revolta fazendo-me fitá-lo com uma sobrancelha erguida no alto, e uma crescente onda de diversão interna, ao testemunhar tal nível de ingenuidade.

-Ah Frederick, meu irmão... Ah Frederick, meu irmãozinho...

Cerro os lábios em um meio sorriso presunçoso de lado, e balanço a cabeça de um lado para o outro em negação.

-Eu quero muito estar presente no dia em que se apaixonar por alguém que te arrebate os sentidos, irmão. Você se tornará aquilo que mais teme, meu querido, um homem completamente rendido ao amor de uma mulher e aos seus caprichos. -eu o alfineto camuflando uma risada provocativa, ao que ele falta pouco rosnar de raiva, como nosso cachorro Rufus quando está caçando esquilos na floresta.  

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