Capítulo Cinquenta e Dois

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"É difícil viver com as pessoas porque calar é muito difícil." -Friedrich Nietzsche

" -Friedrich Nietzsche

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[Príncipe Frederick]

-Perseguidor? Você por acaso perdeu a cabeça, mulher? De onde inventou um absurdo desses? Eu não preciso...

Revolto-me com a acusação infundada e ultrajante sobre minha pessoa, porém  a estranha não permite que eu continue com os protestos. Pelo contrário, na tentativa de me intimidar, ela intensifica ainda mais a pressão da ponta da lâmina contra a pele do meu pescoço.

Não faço nenhum movimento brusco enquanto sinto uma gota de suor frio percorrer a linha do meu couro cabeludo, receoso de que ao menor deslize, a adaga nas mãos firmes da bandida, possa rasgar minha carne no ponto estratégico em que está precisamente localizada, levando-me a morte.

Então a única coisa que posso fazer nesse instante é permanecer quieto, mesmo que isso seja difícil para mim, e pensar em alguma alternativa que ajudará a me livrar das garras dessa desajustada com sérios problemas de cabeça.

-Não minta para mim, olhos azuis! Sei muito bem o que vi com meus próprios olhos. Eu o vi e o que estava fazendo. Observei-o de longe durante alguns minutos para me certificar de suas intenções, e então tive a certeza que precisava para agir com um ser humano feito você, um homem desprezível, sem escrúpulos que anda nas sombras a espreita de mulheres indefesas, seu... seu cafajeste!

-O que? Eu? Cafajeste?

Pulo na cadeira em um surto de raiva, completamente ofendido por todas as ofensas as quais estou sendo obrigado a escutar sem poder rebater à altura. Contudo, as cordas que prendem meus braços e pernas se apertam com o movimento repentino fazendo com que me machuquem ainda mais.

-Bem feito, patife! Mandei que ficasse quietinho, mas você não me deu ouvidos. Espero que essas cordas cortem seus pulsos e suas mãos caiam...

A mulher pragueja com ardor de um camponês raivoso, e eu arregalo os olhos em um misto de incredulidade e ódio.

Por que eu estou passando por toda essa situação? É o que me pergunto em silêncio, enquanto alimento internamente minha sede de justiça e vingança a cada segundo que passa.

-Eu irei lhe mostrar muito bem quem é o idiota aqui, sua louca. Quando eu me soltar e lhe levar presa por sequestrar o...

-Cath, pare! O que está fazendo? Eu disse para não fazer nada com ele! Você deveria ter me esperado como me prometeu que faria!

De repente uma voz familiar surge antes que eu conclua a ameaça, é Luz, minha cunhada, que aparece em meu campo de visão e vem em minha direção com passos rápidos e um olhar de espanto ao ver-me vergonhosamente rendido dessa forma.

Quanta humilhação! É o que penso trincando os dentes da mandíbula por sentir-me exposto e vulnerável diante de duas mulheres.

-E o que esperava que eu fizesse? Eu deveria ter aguardado o dorminhoco despertar do sono e me apunhalar pelas costas? Você sabe quantas vezes esse homem já me ameaçou desde que acordou até agora? Incontáveis vezes, Luz! E observando o porte físico do patife, ele não parece ser nenhum bobalhão. O sujeito é grande e forte, então tive que aproveitar a vantagem que tinha por estar desacordado e poder detê-lo para nossa própria segurança.

A Luz do Amor [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora