Capítulo Trinta e Cinco

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"A imagem pode ser a mesma que cada um ama à sua maneira." -Antoine de Saint-exupéry

" -Antoine de Saint-exupéry

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[Príncipe Felipe]

Cada bendita hora do dia foi  quase como uma tortura para mim. Uma situação um tanto atípica e contraditória, no qual os minutos ao mesmo tempo que pareciam se arrastar, também voaram, feito um pássaro em fuga, completamente de minhas mãos, e logo o cair da noite não tardou em chegar depressa e sorrateiro.

Sinto-me bastante cansado após comparecer à tantos compromissos e atividades que me foram incubidas durante o decorrer do dia. Meu pai, Frederick e conselho real não me deram um momento de paz sequer, mesmo às vésperas do meu casamento. Até minhas refeições tive que realizar  durante uma reunião importante com o chefe da guarda, e em seguida, tive de partir para outra, sem ao menos poder tirar um tempo para respirar um pouco de ar puro.

Então tudo o que meu corpo pede agora, neste exato instante, é que eu tome um bom banho, quente e relaxante, para renovar minhas forças para que possa enfrentar o dia de amanhã cheio de energia. Entretanto, tenho certeza de que não conseguirei pregar os olhos e descansar bem, se não encontrar com Luz uma última vez antes de dormir.

Eu preciso vê-la e saber que está tudo indo bem, que nós estamos na mesma expectativa, que vai dar tudo certo e que amanhã à esta hora já estaremos casados. Seremos marido e mulher. Tudo terá mudado irremediavelmente.  Ela carregará meu nome, meu anel, estaremos unidos para sempre.

E é por essa razão que eu não consigo me conter. Sigo a passos rápidos e silenciosos na calada da noite, mesmo tendo consciência de que este é um horário avançado e totalmente inadequado para nos vermos, e bato a porta de minha noiva, aproveitando a oportunidade no momento em que há uma troca de guardas nos corredores em frente ao seu quarto, na tentativa de não ser flagrado.

-Felipe? O que está fazendo aqui a esta hora da noite? Você por acaso enlouqueceu? Se o pegarem aqui, será um verdadeiro escân... -Luz me recebe com seus grandes olhos verdes que me fitam com certa dose de pânico através da porta entreaberta. 

-Então não deixe que peguem.

Respondo com um pequeno sorriso crescendo no canto direito dos lábios e pisco um olho para ela, que imediatamente tem o rosto corado de vergonha.

-Não vai me deixar entrar, querida noiva? Ficarei do lado de fora pelo resto da noite ou até que alguém apareça e me veja neste estado? -digo com a maior cara de cínico do mundo ao que ela arfa abrindo a boca em choque.

-Eu não deveria, mas...

Luz esconde uma risadinha divertida ao perceber o que estou fazendo, e segura meu pulso puxando-me para o interior do quarto, depois de verificar o corredor de um lado e de outro, e fecha a porta a suas costas logo em seguida, como se nós dois estivéssemos cometendo algum tipo de crime.

A Luz do Amor [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora