Capítulo Setenta e três

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"É verdade: amamos a vida não porque estejamos habituados à vida, mas ao amor." -Friedrich Nietzsche

" -Friedrich Nietzsche

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[Luz]

Felipe!

Sinto como se meu coração fosse explodir de surpresa, alegria e saudade ao ouvir sua voz e olhar em seus lindos olhos azuis que me fitam com uma mistura de apreensão e amor depois de tanto tempo separados. Nesse momento nada mais importa para mim do que está em seus braços, sentir seu cheiro e recordar como é preciosa a sensação de cuidado e segurança que somente tenho em sua companhia.

Além do alívio de imediato que experimento ao saber que é Felipe, meu marido, quem nos encontrou e não um soldado inimigo, uma onda avassaladora de paixão arrebata meus sentidos fazendo-me cambalear e chorar copiosamente por estar novamente junto ao homem da minha vida, o amor que iluminou os meus dias e dominou meu coração de mansinho, sutilmente conquistando espaço com seu caráter ímpar e personalidade apaixonante, de maneira irremediável.

Então percebo que não posso mais viver sem ele. O buraco que existia em minha vida, o vazio que eu não sabia o que era até então, havia sido preenchido por Felipe, uma pessoa pela qual eu não esperava me apaixonar perdidamente nem em meus sonhos mais distantes, mas que se tornou tão importante ao ponto em que não consigo mais imaginar uma vida sem ele, sem o nosso bebê, sem a nossa família.

Finalmente tenho tudo o que preciso após a perda dos meus pais. Um lar, uma família e amigos valiosos que arriscam as suas próprias vidas uns pelos outros. Percebo que a felicidade é uma questão de escolha, uma decisão.

Movida pelo coração, meses atrás decidi ajudar o reino de Navarra sem esperar nada em troca, e no fim acabei ganhando muito mais do que poderia imaginar um dia. Eu encontrei o amor fazendo o bem, constituí uma família e também ganhei dois irmãos de personalidades distintas e conflitantes, mas que no fundo são pessoas fortes e extraordinárias.

-Amor, você está bem?

Felipe pergunta preocupado pela segunda vez ao mesmo tempo em que me ajuda a ficar sobre meus pés com extremo cuidado, erguendo-me pelos braços, e eu assinto afirmativamente em resposta com um pequeno sorriso de felicidade surgindo no rosto.

-Eu senti tanto a sua falta. Pensei que morreria se passasse mais um dia longe de você!

Felipe diz com os olhos marejados fixos nos meus, e antes que eu possa dizer que também senti muito a sua falta e que sofri por dormir várias noites longe do seu abraço, sua boca encontra a minha em um beijo cheio de saudade e paixão que me faz esquecer momentaneamente de tudo.

-Como você chegou aqui, Felipe?

Eu questiono ainda de olhos fechados após o beijo, recuperando o fôlego e perdida na sensação maravilhosa que é seus lábios sobre os meus. É como voltar para casa depois de uma longa temporada. Eu me sinto em paz e realizada.

A Luz do Amor [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora