Capítulo Vinte e Oito

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"Conhecer não é demonstrar nem explicar, é aceder à visão." -Antoine de Saint-Exupéry

" -Antoine de Saint-Exupéry

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[Príncipe Frederick]

O caos estava instalado. Por todo lugar. De uma hora para a outra o que era um clima festivo havia se transformado bruscamente em um terrível vendaval que estava virando o castelo de cabeça para baixo.

Há destruição, fogo, uma fumaça enegrecida que dificulta a respiração e sangue para cada parte que olho. Quando o primeiro disparo de canhão tinha sido realizado, eu havia me apressado em me reunir com o general do exército, para traçarmos uma estratégia para reverter a situação antes que tudo ficasse pior.

Enquanto nos preparavámos para o contra ataque ao inimigo, ordenei que chefe da guarda real reunisse minha família e os levasse rapidamente em segurança para os abrigos destinados para situações como esta. Minha preocupação seria menor e eu poderia me concentrar melhor durante o combate sabendo que todos estavam a salvos em um lugar seguro, longe dos bastardos que implacavelmente estão atacando o castelo de modo incansável e ofensivo.

Neste momento estou na linha de frente de combate junto a cinco dezenas de soldados, lutando para conter o avanço do adversário, com a missão de impedir que algum desses ratos imundos penetrem por alguma brecha e acabe invadindo o castelo.

Sinto certo orgulho ao notar depois de algum tempo, que todos os nossos homens estão trabalhando no máximo de seus esforços. Cada um está oferecendo o melhor de si nessa batalha, colocando suas vidas em segundo plano apenas para proteger o reino.

Coragem, lealdade e força acima de tudo.

Este é o lema do nosso exército e também o que vejo estampado no rosto de cada bravo soldado que se encontra nessa peleja. E neste momento não sou diferente de nenhum deles. Na hora da guerra não há divergências, títulos ou cargos que separem pessoas quando se está do mesmo lado defendendo um ideal, uma família, um povo, uma nação.

Somos todos soldados lutando uma guerra dispostos a vencer. Nunca retroceder. Nunca recuar ou se render. Estamos ali para lutar ou morrer lutando por aquilo que acreditamos e defendemos. Todavia, por mais que cada um de nós empenhe todos os esforços nesta missão, algo sempre pode fugir do controle e escapar por entre os dedos das nossas mãos de maneira vil e traiçoeira.

Isso é o que constato infelizmente com alguns minutos de atraso, que quase me custam a vida, no momento que noto o vulto sombrio de um verme que consegue ultrapassar a linha defensiva por um ponto cego na muralha do castelo, e adentrar de modo rastejante o interior do nosso território.

Não, não, não... isso não pode estar acontecendo!

-Soldado! -chamo o homem que está próximo a mim e faço um sinal com a cabeça para que ele ocupe minha posição na linha de combate, e não haja desfalque.

-Sim, senhor. -o homem responde com uma continência ao assumir a nova posição, ao que eu não perco mais tempo, cada segundo é precioso, e sigo na direção que havia visto o invasor pela última vez.

-Para onde esse maldito terá ido? -rosno enfurecido com o tom de voz baixo, enquanto corro por entre as sombras para passar desapercebido e surpreende-lo, tomando o cuidado de manter sempre a espada nas mãos em posição de ataque.

Me escondo atrás de uma coluna quando chego ao corredor principal e ouço o barulho das portas duplas do salão de baile explodirem de repente. Aguardo pela ameaça que possa sair pelo buraco que antes ficavam as portas, porém não vejo nada além do que alguns convidados correndo para fora na tentativa de escapar de todo o horror que se encontra do lado de dentro para salvarem suas vidas.

Sigo adiante quando a movimentação  diminuiu parcialmente, o que me permite ter uma visão de campo mais abrangente sem tantas pessoas no caminho. Entretanto o que meus olhos vêem ao ter parte da visão desobstruída, faz com que meu coração pare por um segundo crucial e aterrador, e volte a bater em uma velocidade extremamente assustadora.

A sensação é como se eu estivesse prestes a morrer afogado. Desesperadora, dolorosa e angustiante.

Há uma distância consideravelmente longe de onde estou, ao final do corredor próximo as escadas que levam para andar superior, fito o verme que tinha escapado pelo muro, vestido totalmente de preto dos pés a cabeça, portando uma adaga nas mãos se aproximar com passos velozes de Felipe que está caído de uma maneira estranha sobre os estreitos ombros da senhorita Luz. 

Eu tento correr.

Esforço o máximo que meu corpo permite que eu corra para tentar impedir o que está prestes a acontecer bem diante dos meus olhos, mas sei que não será o suficiente. Estou longe demais para alcança-los. Longe demais para salvar a vida do meu irmão mais novo a quem prometi proteger de tudo e de todos no leito de morte da nossa mãe. Mas agora é tarde demais. Eu estava atrasado para salva-lo.

Eu havia falhado, a verdade atinge o profundo do meu âmago enquanto meus olhos se enchem de lágrimas e eu continuo a correr com o coração disparado, os pulmões ardendo, sem escutar ou enxergar nada ao meu redor. Os segundos parecem voar como uma forte rajada no instante em que homem avança com ímpeto sobre Felipe.

-NÃO! -o grito fica preso em minha garganta diante do desenrolar da cena e eu me desespero, perplexo demais com o que acontece, ao ver Luz saltar na frente de meu irmão para protege-lo com seu diminuto corpo, do golpe afiado da lâmina destinado a ele.

Felipe se desequilibra e cai para trás desacordado quando um dos braços de Luz deixam sua cintura, e ela se curva para frente com uma mão sobre o abdômen e os olhos arregalados. 

Por Deus! O maldito a acertou.



💡💡💡

Hello, filhos da Luz! Tudo bem com vocês? Então beleza! Não esqueça de deixar sua estrelinha e o seu comentário ou o bichinho do amor vai passar longe da sua telinha! haha

Beijinhos borrocados de batom 😘

A Luz do Amor [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora