Leis da Atração

Capítulo 9

O restante dos dias em Bocas Del Toro são regados de muita festa. O que não agrada a Alfonso, uma vez que Helena acaba ficando com um irlandês. Alfonso era um cara tranquilo, mas extremamente ciumento com as irmãs. Na adolescência as duas sofriam, pois ele queria bater em todos os namorados que elas arrumavam. Isadora praguejava até hoje, dizia que rezava para que ele tivesse uma filha mulher, para fazê-lo pagar por tudo. Alfonso tirava sarro da irmã. Que inocência! Ele resolveria isso apenas com a sua Smith & Wesson M&P 9 M 2.0 Cal. 9mm oxidada. Ninguém iria se meter com a sua garotinha.

As coisas com Anahí continuam na mesma, por mais que os dois tivessem afinidades na cama e vivessem momentos agradáveis fora dela. Nenhum dos dois estava disposto a manter contato quando voltassem para o Brasil. Tanto que nem trocaram número de telefone, quando Alfonso deixou Bocas Del Toro, em direção ao Brasil. Eles se despediram com um beijo, e Anahí apenas desejou uma boa viagem. E assim voltaram a se tornar dois estranhos... ocupados em viver a própria vida.

Curitiba – Paraná

- Olha quem voltou para casa! – fala Tessa sorrindo, ao ver Alfonso desembarcar - Bem-vindo de volta! – diz enquanto Alfonso caminha em sua direção, sorrindo.

Era bom estar em casa outra vez. Ele olha para a loira a sua frente. Tessa era alta, exibia um corpo esguio...dona de incríveis olhos verdes, desfilava arrogância por onde passava. Estava sempre impecável, isso era algo que encantava Alfonso. Ele observa atentamente o look da mulher que sorria abertamente para ele; trajava uma calça jeans branca, uma blusa verde musgo de seda sem mangas, calçava um scarpin Gianvito Rossi preto, óculos escuros e uma YSL preta completavam o look. Perfeita!

Alfonso abraça Tessa com força, que sente no peito um alívio por ele estar ali, sozinho. Sinceramente, ela não gostou dos mimos de Helena durante a viagem. Aqueles stories com uma morena sem graça, a tinham deixado extremamente irritada. Mas isso era passado, e ela não pretendia tocar no assunto com Alfonso.

- Senti saudades! – disse ele, se afastando do abraço.

- Eu também querido – fala sincera, com um sorriso triunfante.

Do aeroporto, eles seguem direto para a casa dos pais de Alfonso.

- Meu filho! – fala Júlia, dando um abraço apertado em Alfonso – Como você emagreceu – suspira, preocupada. – Eu nem quero ver Helena, deve estar puro osso.

- Como sempre exagerada – rebate abraçado a mãe. Helena tinha todo um porte de modelo: era alta, magra e tinha uma postura única. Quando adolescente, realizou alguns trabalhos como modelo; chegou, inclusive, a desfilar para marcas famosas, mas isso terminou junto com o colégio, quando resolveu se dedicar exclusivamente à medicina.

- Irmão! – fala Isadora, sorrindo abertamente. Isadora, assim como Helena, era alta, esguia, herdara os olhos azuis e a beleza da avó paterna. As pessoas comentavam que Cecília havia feito um clone seu. Ela era geneticista aposentada. Isadora estava vestida com uma calça jeans rasgada, um tênis branco e uma camiseta em cola V amarela. Seus cabelos estavam em um corte Chanel, na cor preta, totalmente diferente do longo cabelo castanho que possuía anteriormente.

- Irmãzinha! – diz Alfonso, indo em direção a Isadora, abraçando-a – Senti saudades! Na verdade, eu morri de saudades – fala, apertando-a em seus braços.

- Eu também – responde de forma carinhosa. Alfonso e Isadora tinham apenas 2 anos de diferença. Quando ele chegou, Isadora era apenas uma garotinha sapeca, que corria pela casa inventando histórias de princesas. Com a presença de Alfonso, o mundo de conto de fadas de Isadora virou de pernas para o ar, pois nele foram inseridos; leões, dragões, até o Mickey teve a audácia de aparecer por lá para namorar com a minnie. Os três eram como unha e carne, a única coisa que os fazia brigar, era Tessa. As meninas não entendiam o motivo de Alfonso manter aquela relação, tendo em vista o que Tessa fez no passado. Júlia era apaixonada pelos três filhos. Ela e Miguel fizeram parte de absolutamente todos os momentos. Na infância das crianças, eles se revezavam nos plantões; não queriam deixar toda a responsabilidades para as babás. Quando eles iniciaram a rede de hospitais, os três já estavam estudando, então podiam se ausentar por períodos mais longos, sem tantas preocupações.