Capítulo 56

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Curitiba - PR

O Domingo acorda preguiçoso. Quando o despertador toca, Anahí acaba desligando-o, não iria se exercitar, o sono vencera mais uma vez, malharia mais tarde. Estava sentindo muito sono ultimamente, mais que o normal. No livro repousado em sua cabeceira dizia que esse excesso de sono era normal.

- Bom dia, dorminhoca! – disse Bertha ao ver Anahí entrar na cozinha, vestida com uma calça legging e um top preto.

- Bom dia - bocejou, abrindo a porta da geladeira, pegando uma caixa de leite de amêndoas.

- Não sei como você consegue tomar isso todo dia – a senhora fez uma careta de desagrado.

- Com o tempo você se acostuma – deu os ombros, colocando meio copo do leite no liquidificador com abacate picado e um pouco de mel. Ela termina de preparar seu creme de abacate e o despeja em uma tigela, acrescentando mais um pouco de mel e algumas oleaginosas.

- Vi que postou uma foto ontem no Instagram. Já falou com o Alfonso? – perguntou, se sentando ao lado de Anahí.

- Sim. Nós conversamos ontem, e decidimos abrir para a família e amigos – esclareceu, catando as nozes picadas e mastigando-as em seguida – Eu ainda não peguei meu celular – soltou um risinho nervoso. Deveria ter milhões de mensagens e notificações – A família dele deve ter enlouquecido. – divagou, tentando imaginar a reação de cada um com a notícia. Com certeza deveria ter um áudio desaforado de Isadora com inúmeros xingamentos porque a amiga era esse tipo de pessoa. Um de Helena chorando, pois dos três, a ruiva era a mais emotiva. Júlia e Miguel deveriam estar radiantes. Seus amigos deveriam estar putos, assim como seus primos e tios. Talvez não tenha sido uma boa ideia divulgar a gravidez dessa maneira, ela ponderou enquanto fazia um biquinho pensativo.

- São boas pessoas – falou com carinho, depois de assistir a sua menina perdida no mundo da lua - E quanto a vocês dois? – arriscou.

- Não existe nós dois. – aprumou a postura, ficando ereta. Adotando um tom sério, tanto quanto sua fisionomia – Somos amigos e seremos pais, e, isso é só. – disse, quieta – Eu disse para ele que não queria que ele criasse esperanças como homem, eu não sou a pessoa certa para ele – explicou, o semblante fechado - Eu não o amo, e nunca poderia corresponder aos sentimentos dele – suspirou, a colher parando no meio do caminho para a boca – Eu ainda não entendo como ele foi se apaixonar por mim, sabendo que eu não acreditava no amor, tampouco em relacionamentos. – massageou as têmporas, sentindo-se incomodada.

- Ninguém manda no coração, menina. – declarou sabiamente.

- Eu sei – suspirou, voltando seu olhar para Bertha – Eu só espero que ele não insista nisso, que não confunda as coisas, que não tente ter um relacionamento comigo só porque vamos ter um filho – declarou, a voz vacilante, o cenho franzido. Não saberia qual seria sua reação se Alfonso insistisse.

- É só você conversar com ele sobre isso. – suspirou, cansada. Fazendo nota mental para ligar para o moreno. Não deveria estar sendo fácil para ele, sabia o quanto Anahí podia ser dura com as palavras.

- Sim – largou a colher na tigela, sorvendo um pouco de água com gás - Deixei um almoço com ele em aberto. Não quero privá-lo da gestação, não seria justo. – assumiu.

- Tudo vai dar certo – sorriu, gentil - Vai sair? – se deu conta da roupa esportiva que a morena vestia.

- Não – negou, voltando a comer. O bebê aceitava bem abacate. - Vou me exercitar um pouco no estúdio – acariciou o ventre com a ponta dos dedos, sentindo uma vibração. Apreciando o momento com um sorriso no rosto – Pretendo estudar o resto do dia – completou, quando notou que Bertha a encarava.

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