Capítulo 23

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Curitiba - PR

Quando o despertador toca às 5:30 da manhã, Alfonso aperta os olhos com força. Anahí se movimenta ao lado dele, desligando o aparelho e acendendo o abajur. A luz branca ilumina o local. Ela pega o controle remoto da persiana, abrindo-as. Já era possível observar o nascer do sol.

- Bom dia – sussurra Alfonso, a voz rouca.

- Bom dia – diz, enquanto gira seu corpo para o moreno – Vamos?

- Sim.

- Vou me arrumar.

Alfonso e Anahí correm pelo parque Barigui. Cada um perdido em seus próprios pensamentos. Quando terminam os 10km, o sol já brilhava, algumas pessoas estavam se exercitando no local, em aulas coletivas ou individualmente.

- Que horas que você tem que estar no MPF?

- Às nove.

- Então vem, vamos tomar café da manhã – diz ele, oferecendo a mão para ela. Anahí pensa em não pegar, mas seus pensamentos são interrompidos, quando Alfonso captura a mão dela, os dois percorrem o parque de mãos dadas. No estacionamento, ele destrava as portas do carro, sentando-se no banco do motorista. Anahí caminha para o banco do carona. Quando ela já está acomodada e com o cinto de segurança, o moreno dá partida no carro, indo em direção a Saint Germain Panificadora. Estaciona o carro no estacionamento do local, e no percurso até o estabelecimento, captura novamente a mão dela. Ambos estavam vestidos com roupa de ginástica, chamando a atenção dos frequentadores engravatados. A procuradora tinha os cabelos presos em um rabo de cavalo, vestia um top e uma calça de ginastica preta, ambos da NIKE, e calçava um tênis de corrida preto e branco da mesma marca. Alfonso estava vestindo um short preto esportivo, uma camiseta azul marinho, ambos da ADIDAS, e um tênis quase igual ao dela.

Na padaria, se sentam em uma das mesas próximo à janela. Anahí observa atentamente o local, adorava padarias.

- Eu adoro essa padaria – comenta ele, ao finalizar o pedido para a garçonete.

- Eu gostei do ambiente, é aconchegante –fala, voltando sua atenção para ele.

- Em Curitiba existem vários lugares para se tomar café da manhã, mas esse é meu point de todos os dias – sorri.

- Eu geralmente como em casa.

- Se quiser dar uma olhada no buffet, vai lá – diz, indicando a enorme bancada para ela. Anahí assente se levantando. O café da manhã era estilo colonial, havia uma enorme variedade de pães, bolos, doces e salgados. Ela acaba pegando algumas frutas, frios, e um generoso pote de iogurte natural com granola e mel.

Alfonso se limita a tomar uma vitamina de banana e aveia, e comer uma omelete.

- Você só vai comer isso? – pergunta, apontando para o prato dele.

- Sim. Sempre belisco alguma coisa no trabalho.

Ele pede a garçonete alguns pães doces e algumas empadas de doce de leite. Sempre levava alguma coisa para o pessoal do trabalho. Eles eram como sua família. Anahí aproveita para pegar um croissant de Nutella e outro de peito de peru para Bertha.

- Leva essas empadinhas – aponta para as empadas de doce de leite – Elas são viciantes.

Anahí acaba levando algumas. Alfonso pega a embalagem da mão dela, dando para atendente. Paga a conta, e eles saem em seguida.

No caminho para casa dela, Alfonso descansa a mão na coxa dela. Era bom ter companhia. Tessa raramente topava aquele tipo de programa. Era engraçado que ele tivesse mais coisas em comum com Anahí com quem não tinha tanta intimidade, do que com Tessa que era a mulher da sua vida, e com quem ele planejou se casar um dia. Observa de soslaio Anahí digitar algo no celular, ela parecia à vontade.

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