Capítulo 43

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Brasília - DF

- O delegado sobreviveu? – esbraveja o chefe ao receber a notícia – O que adiantou enviar para a missão um atirador de elite? Eu dei a ordem para eliminarem aquele bastardo – rosnou, os olhos duros – Cadê o Xerife?

- Está chegando, chefe – respondeu o Corvo de Prata.

- Precisamos arranjar um substituto para o Thiago – disse o Chefe, encarando o Corvo de Prata.

- Estou trabalhando nisso, senhor.

- Cadê o Corvo de Ouro?

- Irá se atrasar – respondeu um dos conselheiros.

- Fique de olho nele. Ele ficou abalado ao assistir o noticiário – o encarou, os olhos duros, um vinco de preocupação se formando – Conseguiu falar com o delegado da Civil do PR? – quis saber.

- Sim. Conseguiremos recuperar parte do carregamento. – respondeu o Corvo de Prata, um sorriso brincando em seus lábios.

- Pelo menos uma notícia boa – sorriu o Chefe, satisfeito – Preciso do nome e da ficha de todos os envolvidos na operação. Preciso conhecer a equipe do daquele delegado de merda.

- Podemos eliminá-lo no hospital – sugere um dos conselheiros que ouvia a conversa.

- Não seja tolo. Ele está no hospital da família – o dispensou com a mão – Precisamos organizar a rota, encontrar uma forma de nada chegar pelo Paraná – disse enquanto acendia um de seus charutos. Os homens do recinto encaravam o Chefe, aguardando novas instruções – Conseguimos fechar acordo com o pessoal do Porto de Santos?

- O Corvo de Ouro está trabalhando nisso – respondeu um dos conselheiros.

- Irei me ausentar do país por dez dias – informou o Chefe, assustando a todos – Terei uma reunião com os grandões. – completou, sem entrar em detalhes.

- Quem irá levar dessa vez? – perguntou um dos conselheiros, ansioso.

- Irei sozinho. Eles não estão satisfeitos com os números – riu com escárnio. – Preciso acalmar os homens – bate o charuto no cinzeiro, pensativo. – Não podemos perder esse negócio.

XX

Curitiba - PR

- Como está se sentindo? – pergunta Helena, sentando-se na cama do irmão.

- Entediado – resmunga Alfonso – Eu já estou quase há quase um mês nesse hospital – disse impaciente.

- Tenha paciência – fala, gentil – Você sabe que o papai só vai te dar alta quando você estiver 100%.

- Mas eu já estou bem – rebateu, emburrado.

- Alfonso, você passou por duas cirurgias complicadas – ralhou Isadora, entrando no quarto.

- Pronto! – resmunga de mau humor. Ultimamente ele só sabia reclamar. Anahí o apelidara de zangado – Agora só falta a Anahí aparecer. – se exasperou.

- Me chamou? – brincou a morena, aparecendo atrás de Isadora. Anahí havia passado no consultório da médica para buscá-la, após participar de uma coletiva de imprensa a respeito da operação La Casa de Papel, que estava dominando os noticiários de todo país.

- Eu não estou gostando dessa amizade de vocês – olha para o trio parado em frente à cama dele. As três riem da cara de emburrado do moreno. Aqueles encontros estavam se tornando comuns ao final do dia. Era uma forma de Alfonso não se sentir só.

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