Leis da Atração

Capítulo 17

Na manhã seguinte, Anahí volta a sua rotina de treinos. Deixa Ana Paula dormindo, e vai correr na orla. Após percorrer 7km, passa no hotel canino para buscar Lola, voltando com a cadelinha enfezada, a pé.

Lola estava ignorando a dona pelo abandono. Por mais que Anahí chamasse a cachorra, a mesma nem a encarava.

- Vamos papar, Lola? – pergunta, e imediatamente a cadela a encara – Você não tem um pingo de vergonha na cara, né? Só foi falar de comida, que você me dá logo atenção. Sua beagle safada – resmunga, puxando a coleira da cachorra.

- Está falando sozinha? – diz um homem, fazendo Anahí quase saltar de susto.

- Inferno! Você tem que parar de me assustar – reclama, levando a mão ao peito.

Lola começa a cheirar o estranho, esse abaixa ficando na altura da cachorra, que o cheira por completo.

- Então, você é a famosa Lola? – fala, fazendo carinho nas imensas orelhas da cachorra. Lola se deita virando de barriga para cima.

- Lola! – fala Anahí, rindo – Você deveria ter vergonha de se arreganhar para qualquer um – diz colocando a mão na cintura, meneando a cabeça negativamente.

- Ela sabe que eu não sou qualquer um, né Lolô? – faz carinho na cachorra.

- Nós vamos tomar água de coco, quer vir conosco? – convida Anahí.

- Vamos! – fala Alfonso, se levantando.

Eles caminham para o quiosque que ficava em frente ao prédio dela. Anahí, que já tinha conta ali, pede três águas de coco.

Os dois se sentam para tomar a água de coco, enquanto Lola tomava a dela na tigela do quiosque, sendo mimada pelo dono do local.

- Ela faz sucesso no calçadão –diz Alfonso olhando para Lola, que era a atração do local.

- Ela conhece todo mundo. É a Miss Simpatia de Ipanema – ri, olhando para a cadela, que abanava o rabo para todos que vinham falar com ela.

Eles ficam na praia durante mais ou menos meia hora. Alfonso a acompanha até o prédio, se despedindo com um selinho rápido. Haviam combinado de almoçar juntos.

O dia ocorre sem mais surpresas. Anahí encontra Helena, Isadora e Alfonso para almoçarem. Ela os leva para comer picanha no Hipódromo, um dos seus restaurantes favoritos no Rio de Janeiro. Os curitibanos ficam fascinados pela picanha e pelo clima descontraído do local.

- Eu vou sentir falta desse clima descontraído do Rio de Janeiro – suspira Helena, triste por ter que voltar para casa.

- Lá é tão diferente assim? – pergunta Anahí, curiosa.

- Sim. Não existe isso de andar de havaianas e short jeans. Pelo menos não no bairro em que moramos – comenta a ruiva.

- Em que bairro vocês moram?

- Isadora e Alfonso moram no Batel. Eu moro com meus pais em Campo Comprido.

-Não conheço nada em Curitiba. Conheço Londrina, pois os pais da Maria são de lá, então nós sempre íamos para a casa dos avós dela nas férias – comenta, terminando de tomar seu picolé.

- Tia, me dá dinheiro? – pede Ana Paula, se aproximando do quarteto.

- Serve cartão? – Pergunta Anahí, pegando a carteira.

- Serve.

Na parte da tarde, Anahí os leva para conhecer a mureta da Urca. Lá, eles encontram Maria, Maite, Paul e Jeniffer.