Capítulo 80

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McLean, VA.

Quando Alfonso acordou, estava sozinho na cama. Olhou de um lado para o outro, mas o lado dela estava frio, como se ela tivesse levantado há algum tempo. Conferiu as horas, e eram sete e meia da manhã. Enrugando a testa, chutou as cobertas, levantando-se.

A encontrou distraída na cozinha, o cheiro de café recém passado pairava no ar, se espalhando por todo o ambiente

— Bom dia! — Saudou ela, quando notou a presença dele.

— Caiu da cama? — Brincou, se aproximando, selando seus lábios nos dela.

— É Natal. — Deu os ombros, enlaçando-o pelo pescoço, dando beijinhos pegados nos lábios dele. Os dois ficaram de chamego durante alguns minutos, ela implicando com a cara amarrotada dele, ele implicando com o bom humor matinal dela, que era raro.

— Já decidiu o que vai querer comer de acompanhamento hoje à noite? — Perguntou, cercando-a na bancada da cozinha.

— Estava pensando em fazer uma batata gratinada com Cream Cheese e salada. — Declarou, olhando-o nos olhos.

— Por mim está perfeito. — Aceitou, se inclinando para beijá-la. — O Heitor ainda está dormindo?

— Sim. — Confirmou, dando uma mordidinha no maxilar dele. — Estou assando pães de beterraba. — Anunciou, vendo a careta dele. Alfonso não era muito fã das adaptações que ela fazia.

— Comerei donuts. — Anunciou, sendo estapeado por ela.

— Eu comi um. — Confessou rindo. — Aproveitei que ele está dormindo. — Falou toda travessa. Ele apenas riu. Anahí não comia nenhuma besteira na frente de Heitor, que sempre bisbilhotava e queria o que ela estava comendo.

— Estava querendo descer para treinar no ginásio. Quer ir comigo? — Convidou, mordiscando o pescoço dela.

— O Heitor não vai deixar a gente malhar. — Lamentou, o abraçando pelos ombros. Estava se sentindo sedentária.

— Podemos revezar. — Sugeriu, apertando-a pela cintura, fazendo-a ponderar.

Os dois ficaram de grude no sofá, ambos segurando suas canecas de café, enquanto assistiam ao noticiário.

Anahí aproveitou que o moreno estava acordado para tomar um banho rápido e colocar uma roupa de ginástica. Quando retornou para a sala, não o encontrou, ouvindo apenas as vozes dele e do filho. Rindo, ela entrou no quarto, se escorando no umbral da porta. Observando os dois de chamego, enquanto Alfonso trocava a fralda do filho, que tinha a cara amassada.

O café da manhã aconteceu em um clima gostoso. Heitor estava falante, arrancando risada dos pais.

Comeram a salada de fruta que Alfonso havia feito no dia anterior, e Heitor aprovou o pão de beterraba com Cream Cheese que a mãe havia feito. Alfonso acabou não comendo o donut, optando por um sanduiche com o pão que Anahí havia assado com queijo e presunto de parma. Até que não era tão ruim.

— Gostou do pão? — Implicou ela, quando se levantou da mesa. Alfonso revirou os olhos, rindo.

— Até que não ficou tão ruim — Respondeu na cara de pau.

— Seu filho da... — Bufou, fuzilando com o olhar. Alfonso se aproximou, mas ela o empurrou, mas tinha um sorriso de canto nos lábios.

— Ainda prefiro um pão francês, mas vou comer os que você assa porque sou um excelente namorado. — Mordeu o ombro dela de leve, sendo observado pelo filho, que encarava os dois com os olhinhos azuis atentos.

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