EM PAUSA- We are The Losers, We are The Best ▪ Hui

47° • He ¡

- Cheguei. - avisei, ao entrar no apartamento. - Boa noite! Oi! Alguém?

Ninguém para me recepcionar. Estou sozinho com esses colegas cruéis, que ignoram a minha presença e só falam comigo quando precisam de mim.

Depois de passar duas horas fazendo trabalho com o Jaehyun me sinto moído. Meu cérebro derreteu. A gente devia ter arrumado algum colega inteligente para ser nosso amigo. Só nós dois, os pamonhas, não vai ser suficiente para terminar a faculdade.

Mal dei dois passos para fora da sala, quando a porta se abriu com tudo.

- Corre. - escutei a Miki falando e vi Hyojong entrando com um computador nos braços enquanto ela carregava a CPU. - Eu estou falecendo.

- Precisamos fazer isso rápido. - O Kim disse. - Antes do senhor Bang voltar do banheiro.

- O que está acontecendo? - perguntei, encarando o aparelho. - Onde acharam essa iguaria? 

- Roubamos do porteiro. - Hyojong se afasta, indo para o corredor.

- Roubaram? - pergunto, surpreso.

- Não! Só pegamos emprestado! - Meu amorzinho falou, andando devagar.

- Deixa que eu levo para você, Miki. - Me ofereci e ela me passa a CPU.

Assim que a peguei, senti que meus braços iam arrebentar e minhas costas estralaram.

- Está tudo bem, Hui? - Ela perguntou, olhando o meu rosto. - Você está vermelho.

- Estou ótimo. - menti, abrindo o sorriso mais convincente que consegui. - Onde eu boto isso mesmo?

. . .

Deixo Miki e Hyojong discutindo as coisas de nerd deles no quarto da mais nova e começo a voltar para a cozinha, quando Hyuna sai do quarto do casal.

- Vai ser só nós dois hoje. - Ela avisou, indo para a cozinha. - Depois de prepararmos as marmitas, vamos entregar e falar com os moradores do prédio para saber se eles tem alguma informação sobre os roubos.

- Pode crê! Quantos pedidos tem para hoje?

- Vinte.

- Minha nossa.

. . .

Bato na porta do 18, esperando que não pegue o Sanha em um momento trágico de novo. Infelizmente para mim, ele faz questão de dizer que tinha acabado de fazer um meteoro da paixão no vaso sanitário.

- Sempre que eu venho aqui você só fala de merda. - reclamei, enquanto entregava a marmita.

- Desculpe, é que eu adoro conversar sobre isso.

- Cara, mas tem tantos assuntos... Deixando isso de lado, por acaso soube de algum roubo recentemente? 

- Roubaram meu papel higiênico.

- Ah não. - revirei os olhos.

- Estou falando sério. - Ele botou a mão no peito. - Eu sempre levo um rolo para a faculdade, mas quando voltei não estava mais na minha mochila.

- Você não esqueceu lá?

- Não, eu nem fui no banheiro aquele dia.

- Beleza. - concordo e espero, mas ele só fica me encarando. - Não vai me pagar?

- Ah é! Calma aí! 

Depois de pegar o dinheiro me viro para bater na porta que fica do outro lado do corredor, a do 17.