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- Eu pensei que ia morrer. - Jaehyun revelou. 

Ele estava sentado no sofá, ao lado de Taeyong, e segurava um copo de água na mão trêmula.

- Foi uma bela surpresa. - admiti, sorrindo. - Mas quem é ele? - perguntei, apontando para o estranho na sala.

- Feliz aniversário, Miki. - falou, como se me conhecesse.

Olhei para Hyuna, que negou com a cabeça, se sentindo culpada.

- Eu coloco ele para fora. - Hui falou, se aproximado do rapaz.

- Não precisa disso. - Hyojong interveio. - Aposto que ela nem se importa dele ficar, certo?

- Ah, mas me importo sim. - respondi.

Não sei nem quem é o cara.

Hui segurou os ombros do rapaz e começou a empurrá-lo para fora.

- Vocês não sabem aproveitar a presença de uma celebridade. - O garoto reclamou.

- Celebridade? - Hyuna perguntou.

Eu acho que vi os olhos dela brilharem.

- Não é nada demais, noona. - O Lee explicou.

- Nada demais? - Jinjin colocou a mão no peito, parecia verdadeiramente ofendido. - Eu tenho cinco mil seguidores.

- Isso não é muito. - debochei. - Os cachorros do Jaehyun tem seis mil.

- Seis mil e quinhentos. - O Jung me corrigiu e eu ergui as sobrancelhas para o desconhecido.

- Não, isso é bastante, sim. - A Kim falou e se aproximou do rapaz. - Vem aqui, vamos conversar. - O puxou para o corredor.

Hyojong os seguiu, curioso. Assim sobraram só quatro na sala.

- Para você, Miki. - Nicha surgiu ao meu lado e me entregou uma caixinha preta, com um laço dourado.

De onde ela saiu?

- Obrigada, unnie. - agradeci, pegando a caixinha.

Olhei em volta para ter certeza de que não tinha mais ninguém escondido atrás dos móveis, mas não vi ninguém.

- O que é? - Hui se aproximou, curioso e Jaehyun e Taeyong vieram atrás.

Puxei a fita, desfazendo o laço e abri a tampa da caixinha.

- Um amuleto que eu fiz para espantar o mal. - Yontararak respondeu a pergunta do meu colega.

- O Mal? - perguntei e peguei a pequena sacolinha vermelha, com escritos estranhos nela.

Apontei o amuleto para o Hui e ele gritou.

- Tira isso de perto de mim!

- Funciona mesmo! - falei, animada.

Sorri para Nicha e ela sorriu de volta.

- Espere até ver o meu e de Taeyong. - Jaehyun falou, orgulhoso e deixou o copo que segurava na pia da cozinha.

Ele se abaixou lá atrás para pegar algo e voltou com uma bolinha de pelos alaranjada.

- O que é isso? - perguntei, chocada.

- É um gato.

- Eu sei que é um gato, mas... você vai mesmo deixar uma vida nas minhas mãos?

- Você consegue, Miki. - O Lee mais velho me encorajou. - Qualquer coisa pode pedir a minha ajuda.

- Achei que não eram permitidos animais no prédio. - Hui falou se aproximando do bichano nos braços de Jaehyun.

Me aproximei também e desmanchei meu sorriso.

- É de mentira! - berrei, chocada com a audácia.

- Não fale isso perto dele, ele tem sentimentos. - Taeyong tapou as orelhas do gato.

O peso de uma vida nas minhas mãos se foi rapidamente... ainda bem.

Taeyong pegou o gato de mentira e foi com ele até o sofá, enquanto lhe dava carinho.

- O Hui disse que já te deu seu presente. - Jaehyun comentou. - É verdade?

- Sim. - respondi, sorrindo.

- Nossa, o que foi que ele te deu, para você sorrir assim só de lembrar?

Vi Hui caminhando até as costas de Jaehyun.

- O que está fazendo? - O Jung perguntou, quando o amigo passou os braços por baixo dos dele e segurou sua cabeça. - Me larga, Hui.

- Miki, pode usar nele. - O Lee mais novo falou.

Oh! Um alvo vivo!

Corri para o sofá e puxei a minha nurf nova de dentro do esconderijo dela. Uma almofada. A apontei para o Jaehyun e o garoto arregalou os olhos.

- Socorro, hyung! - pediu ajuda ao namoradinho.

Senti algo bater nas minhas costas e me desequilibrei. Olhei para o objeto no chão e vi que era o gato.

- Você matou ele! - berrei, apontando a mira da nurf para o Lee mais velho. - Seu assassino!

Taeyong pulou por cima do sofá, pegou duas almofadas e se escondeu atrás dele. Jaehyun estava tentando dar tapas em Hui, mas a posição em que se encontrava não era propicia para isso, então ele começou a gritar de raiva.

- Que gritaria é essa aqui? - Hyojong entrou na sala/cozinha.

Fui distraída pela sua chegada, dando a oportunidade para que Taeyong me acertasse com uma almofada. Com o susto disparei a nurf sem querer e todos ouvimos um som molhado.

Olhamos para o bolo e vimos que tinha um furo nele.

- Que nojo, Miki! - Jaehyun gritou, franzindo o nariz.

- Estragou meu bolo perfeito. - Taeyong reclamou, tristonho.

Tadinho, deve ter se esforçado tanto.

- Você que fez? - perguntei e ele negou com a cabeça.

- Eu que encomendei.

Suspirei por conta da idiotice alheia e larguei a nurf sobre a mesinha da sala.

- Acabaram? - Yontararak perguntou, saindo de debaixo da mesa.

- Seus animais, se tivessem derrubado um só vazo de planta... - Hyojong começou a reclamar e a nos xingar também.

Hui começou a rir e eu sorri ao escutar a sua risada. Eu gosto de ouvir ele rindo.

- Vamos comer logo o bolo. - falei, indo até o doce.

- Eu não vou comer isso aí! - O Jung reclamou, finalmente solto do ataque de Hwitaek.

- Ei. - O repreendi. - O Taeyong se esforçou muito para encomendar esse bolo.

Jaehyun hesitou, mas aí viu Nicha tirando o dardo de dentro do bolo com um garfo e voltou a franzir o nariz.

- Deixa de ser fresco, Jaehyun. - Hui reclamou.

- Eu não sou fresco, não!

- Ô mas vocês são animados, heim? - O garoto desconhecido voltou de sei lá onde, acompanhado por Hyuna. - É sempre assim?

- Só quando o Jaehyun é a visita. - a Kim respondeu, indo até onde Nicha estava.

Jaehyun cruzou os braços e ergueu o queixo.

- Ah claro. - debochou. - Porque vocês são tudo comportados, né?

- Sim. - respondi, enquanto lavava a mão na pia. - Vamos comer? Eu tô com uma fome.

EM PAUSA- We are The Losers, We are The Best ▪ HuiOnde histórias criam vida. Descubra agora