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- Tem alguém aqui? - Nicha perguntou em tom alto e o indicador que segurávamos se moveu para o sim marcado no tabuleiro. 

Olhei para Hui com raiva. Eu tinha certeza de que ele tinha mexido o objeto, mas sua expressão de choque deixava claro que não havia sido ele.

- Jaehyun, foi você? - perguntei para o segundo culpado mais óbvio, já que ele estava sorrindo feito um idiota.

- Não faz isso, menino. - Hui suplicou. - Quase morro do coração.

- Eu não fiz nada! - O garoto se indignou com nossa acusação. - Sou inocente!

- Sei. - respondi, estreitando os meus olhos.

- Ele está falando a verdade. - Taeyong defendeu o parceiro enquanto encarava fixamente o tabuleiro.

- Você... - A Yontararak começou a falar e nós ficamos em silêncio. - está disposto a nos ajudar?

Não

- Vai a merda então. - Nicha falou, tirando a mão do indicador.

- O que você fez?! - berrei.

- Vamos todos morrer! - Meu colega de apartamento se juntou ao meu desespero.

- O que?  - Taeyong perguntou confuso e tirou a sua mão também. - Por que vocês estão gritando assim?

- Não pode tirar a mão do indicador antes de se despedir do espírito e ele aceitar ir embora. - Hui explicou.

- Não, isso é besteira. - Nicha o corrigiu. - Eu venho tirando minha mão assim faz anos e continuo normal.

Normal?!

- Beleza. - murmurei. - Mas e agora?

- Vamos tentar com outro espírito. - explicou. - Tirem suas mãos e as coloquem de novo

Jaehyun fez o que ela pediu, mas eu e Hui não.

- Se aquele espírito vier assombrar a gente vai ir só em vocês. - Ele explicou. - Porque a gente não vai tirar a mão daqui.

- Hum. - Nicha resmungou nos encarando, enquanto esfregava o queixo pensativa.

Em um instante, ela puxou o indicador de debaixo das nossas mãos.

- Ah! - Meu colega gritou, colocando a mão no peito. - Eu estou sentindo ele me possuir. Estou com falta de ar.

- Respira fundo! - gritei, desesperada. - Inspira! Transpira! Não pira!

- Deixa de drama, Hui. - Jaehyun ordenou. - Só você tá sentindo isso.

Olhei para para Taeyong que também estava com a mão no peito.

- O Taeyong oppa também está sendo possuído! - apontei para ele.

- An? - O mais velho nos olhou, notando a atenção que estávamos dando a ele. - Não, eu só me lembrei da noite que passei com o Jaehyun ontem e isso aqueceu o meu peito.

O Jung o encarou com os olhos brilhando.

- O que vocês fizeram ontem a noite? - Hui perguntou e eu resolvi terminar aquele papo antes que Taeyong resolvesse responder ele francamente.

- Vamos falar com o próximo fantasma, sim? - perguntei e Yontararak assentiu. - Galera, todo mundo bota a mão no indicador. Hoje a gente só sai daqui com alguma informação útil.

Todos colocaram a ponta dos dedos da mão direita no objeto e Nicha perguntou novamente se havia alguém conosco na sala.

Sim

- Você pode nos ajudar?

Sim

- Como você se chama?

E
D
I
V
A
L
D
O

- Edivaldo? - repito o nome familiar. - É você mexendo isso não é, Jaehyun?

- Não sou eu! Eu juro!

N
A
O
E
E
E
L
E

- Que tanto E. - Hui resmungou. - Me perdi no segundo.

- Vamos focar no que viemos fazer aqui. - O mais velho de nós usou a voz da razão para nos guiar.

- Além de nós cinco, tem outra pessoa nesse prédio?

Sim

- É uma mulher de cabelos pretos?

Sim

- O que ela está fazendo?

Sim

- Que?

M
E
C
O
N
F
U
N
D
I

E
L
A
E
M
C
I
M
A

- Ela está em cima? No andar de cima?

Sim

- Mas como ela entrou aqui no bloco D?

E
L
A
T
E
M
A
C
H
A
V
E

-  E o que ela está fazendo?

P
E
G
A
N
D
O
A
L
G
O
N
O
L
A
B
O
R
A
T
O
R
I
O

- Vamos. - falei, me levantando. - Vamos pegá-la.

- Não podemos ir nós todos. - Taeyong avisou. - Vamos fazer muito barulho.

- Eu vou sozinha.

- Não. - Hui negou com a autoridade que ele não tinha. - Eu vou com você.

- Esse é o caminho certo para a sua felicidade, Hwitaek. - Nicha falou, o olhando séria.

O que ela quis dizer com isso?

- Yontararak. - Ele a olhou admirado. - Não acredito que você está sendo boa para mim.

- Só estou falando a verdade. Vocês vão acabar ju

- Vamos Miki! - Hui a cortou apressado. - Antes que a mulher fuja do bloco.

- Certo.

Saímos da sala, mas o garoto parou assim que fechei a porta, fazendo com que nós dois ficássemos sozinhos no corredor.

Vi que ele estava pegando algo na sua mochila e quando me estendeu o objeto, um sorriso instintivamente se alargou no meu rosto.

- Hui. - murmurei sorrindo ao pegar a nurf que ele me estendia.

Analisei o modelo com fascinação. Era uma pistola verde fluorescente magnifica.

- Feliz aniversário adiantado. - O garoto desejou me lançando um sorriso.

- Como você sabe que está perto do meu aniversário?

- A Jimin falou.

- E como ela sabe? - perguntei, chocada.

- Não sei dizer. - Ele deu de ombros. - Ela sabe de tudo. Vamos?

Assenti e deixei ele ir andando na frente. Olhei para o brinquedo na minha mão e sorri.

Eu havia adorado.



💚💛🙆

a performance de shine no road to kingdom 😢😢😢😢😢😢

EM PAUSA- We are The Losers, We are The Best ▪ HuiOnde histórias criam vida. Descubra agora