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- Vamos? - perguntei e Miki assentiu. 

Fui andando na frente.

Por que ela não está andando? Será que gostou do presente? Será que está encarando minhas costas fortes? Olho? Não olho? 

Quando comecei a subir as escadas, ouvi os passos dela atrás de mim.

Ah Ok... Ela está vindo.

Quando Miki chegou ao meu lado, a espiei com o canto dos olhos e vi que ela estava sorrindo.

Ela está sorrindo na minha presença! Esse é um momento raro!

Salvar no disco rígido?

Sim                           Não

Com certeza! 

No segundo andar espiamos detrás da parede para ver se tinha alguém no corredor. Haviam quatro laboratórios naquele andar.

- Vamos nos separar. - A Gil sugeriu.

- Pelo amor de Deus, não. - pedi e ela me olhou com decepção.

Será que deu para notar que eu estou com medo de ficar sozinho?

- OK, mas sem barulho.

- Tá. - respondi e ela saiu na frente pelo corredor.

A segui com minha pistola nas mãos.

Não se mete comigo fantasma! Eu tenho uma arma e não tenho medo de usá-la!

Ouvi um barulho de gosma mutante se mexendo e comecei a gritar e atirar de olhos fechados na direção.

- YAAAAAAAAAAA!

- Por que você está atirando no bebedor de água?! - Miki berrou comigo e eu abri os olhos.

Todos os meus dardos estavam perto do bebedor de água do corredor. Olhei para a garota, que me encarava como se eu fosse um idiota.

Cadê o sorriso? Vou chorar...

- Eu pensei que era um - parei de falar ao ouvir algo vindo de um dos laboratórios.

- É aquele. - Minha parceira falou, indo na direção de onde havia saído o ruído.

- Espera, Miki. - pedi sussurrando e a segui devagar, olhando em volta desconfiado.

Quando a Gil abriu a porta do laboratório, uma figura de branco saiu da sala empurrando ela com força, fazendo-a cair no chão.

Dei um grito fino por causa do susto e corri na direção das duas.

- Alto! - gritei, apontando minha arma para a mulher.

Ela se virou para mim e levantou as mãos. Estava realmente com um vestido branco sinistro, que mais parecia uma camisola velha. Tinha cabelos pretos escorridos e usava uma máscara do Jason.

Acho que estou ficando sem ar.

Miki gemeu, ainda deitada e minha atenção se voltou totalmente para ela.

- Você está bem? - perguntei, me aproximando dela e a garota não respondeu. - Miki?

Foi só eu abaixar a cabeça para olhá-la, que a mulher começou a correr para as escadas.

- Espera! - Mirei nela e apertei o gatilho da minha nurf. - Droga! Acabou a munição!

Joguei a pistola com força e inexplicavelmente consegui acertar a cabeça da mascarada.

- Ai! - Ela resmungou, colocando a mão no local onde eu acertei.

Droga! Não posso ir atrás dela! A Miki vai morrer se eu deixar ela sozinha! Já sei! Vou gritar!

- JAEHYUN! TAEYONG HYUNG! YONTARARAK NOONA! O JASON... A FANTASMA ESTÁ FUGINDO! PEGUEM EEEEEEELA!

- Ugh.

- Miki! - Voltei a minha atenção para a garota aos meus pés. - Você está bem? - perguntei, me abaixando ao lado dela e a ajudando a se sentar.

- Estou, eu só bati a cabeça de leve no chão.

- Vou te levar ao hospital! - avisei, nervoso.

Ela pode ter tido uma contusão! 

- Eu estou bem.

- Você não é médica e mesmo se fosse, não poderia diagnosticar você mesma, então vamos para o hospital sim.

A garota me olhava surpresa. Sua boca estava entreaberta.

- Mas por que você está assim? - perguntou, desviando os olhos de mim.

- Assim como?

- Perto.

Será que ela desviou os olhos por vergonha? Ou será que foi por desgosto? Sendo a Miki, a segunda opção é a mais provável. 

- Vou te carregar. - avisei, passando o braços pelas costas e por baixo das pernas dela.

A ergui e a garota se segurou no meu pescoço com um dos braços, enquanto usava o outro para segurar a nurf.

- Me coloca no chão. - ordenou.

- Não. - ergui o queixo, para não ver seu olhar raivoso, e comecei a andar levando ela.

Ela armou a nurf e a encostou no meu peito esquerdo.

O que ela está fazendo?

- Me coloca no chão. - ordenou, novamente.

- Não.

Senti o impacto do dardo da nurf no meu peito. Meus lábios se crisparam em uma linha e eu me abaixei devagar soltando a Miki no chão.

Ela acertou o meu mamilo.

- Como você pode ser tão cruel? - perguntei, colocando minha mão no peito.

- Vamos logo. - falou, correndo na direção das escadas.

A segui, baleado e magoado.

EM PAUSA- We are The Losers, We are The Best ▪ HuiOnde histórias criam vida. Descubra agora