7° • She ¡

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Depois do meu reencontro romântico com a Seyoung e com os cumprimentos com o Kang, nós quatro entramos no quarto para bater um papo sério. 

- Ai, então vocês estão namorandinho!

Hyunggu riu envergonhado e Seyoung me olhou com a mesma cara de sempre. Calma e inabalável. 

- Mas quem é esse cara? - Apontei para o garoto ao meu lado.

- Esse é o meu colega de quarto, ele se chama Minghao. - Hyunggu apresentou o poste e eu apertei a mão dele ainda desconfiada.

Depois limpei a minha mão na calça e olhei para a Seyoung.

- Você nem me contou. - Fiz birra e ela sorriu fraco.

- Eu queria, mas estava com vergonha.

A Seyoung com vergonha? Iti malia.

- Desde quando? - perguntei.

- Faz só uma semana.

- E quem se confessou? Quem beijou quem? Já rolou mão boba?

- Miki, pare.

- Okay. - Sorri, tensa.

- Vamos para o meu quarto para conversarmos melhor.

- Yey! - Abracei ela, quando a mesma se levantou, e começamos a andar agarradinhas para fora do quarto.

- Você esqueceu isso. - Me virei para Minghao e vi ele segurando a minha nerf, apontando ela para nós.

- Todo mundo pro chão! - berrei, me jogando em cima da Zhou.

. . .

Seyoung me contou como sentia saudades do Hyunggu durante as férias e como não tardou em perceber que gostava dele. Foi ela que se declarou primeiro, e apesar do garoto ter ficado ignorando ela por dois dias, acabou pedindo ela em namoro. Admiro muito esses dois. Eles superaram a louca da Yerin e ainda ficaram juntos no final. Eu não poderia estar mais feliz.

- E quanto a você? Não vai dar uma chance para o Hui?

- Que? Hui? Chance? Para que? Tá louca Seyoung? Você andou tomando aqueles fitorápido?

- O correto é fitoterápico e não, não tomo muito. Só uma xícara de chá de camomila às vezes para acalmar os meus nervos.

- Seus nervos? - perguntei, chocada. - Você anda nervosa?

- Estou andando nervosa sim, mas é porque tenho que ajudar Hyunggu a ficar em dia com a turma de farmácia, já que alguém simplesmente o obrigou a isso. - Ela estreitou os olhos para mim.

- Não me olha assim. - pedi, fazendo bico. - Veja pelo lado bom. Agora vocês estão juntinhos.

Comecei a cutucar a barriga dela para provocá-la e ela soltou algumas risadas.

- Bom, eu percebi que nunca te agradeci devidamente. - Ela confessou depois que deixei a barriga dela em paz. - Obrigada, Miki. Por tudo que fez por nós ano passado. Você foi incrível.

- Ai de nada. - falei, colocando as mãos nas minhas bochechas. - Mas para de me elogiar que eu fico com vergonha.

Ela sorriu para mim e eu sorri de volta para ela. 

- Não quer saber do Hongseok? - perguntou, como quem não quer nada.

- Não! Eu só quero saber de você!

Abracei Seyoung com força, porque mesmo ela estando ali comigo, a saudade que eu sentia não ia embora.

. . .

Acabei passando a noite no quarto da Seyoung e da colega dela, que a essa altura, eu já esqueci o nome pela terceira vez. Eu dormi abraçadinha nela e posso confirmar que minha amiga é a pessoa mais cheirosa do mundo.

Acordei de madrugada para voltar ao meu lar. A Zhou já estava avisada e disse que eu podia deixar a porta aberta ao sair. Foi o que fiz. Juntei as minhas coisas e saí na ponta dos pés para não chamar a atenção de ninguém.

No corredor, comecei a correr para fora dali, ainda com os meus sapatos nas mãos. Por sorte ninguém me viu, o que me fez pensar que não havia vigilância...

Olhei para cima e vi uma câmera apontada para mim.

Ah não! Pegaram o meu rosto! Vão achar que eu vim roubar os alunos! Só tem uma coisa a se fazer agora: correr!

Calcei meus tênis e corri até a lambreta. Coloquei o capacete, dei a partida e dessa vez consegui manobrar ela sem causar nenhum acidente.

Fiquei na estrada por duas horas e meia, mas comecei a sentir muita fome, sem falar no sono que estava me abatendo. Quando vi um posto de gasolina, já fora da cidade onde Seyoung e Hyunggu estavam, não hesitei em parar lá. Enchi o tanque com a ajuda de uma garoto sério, que trabalhava ali e fui para a lanchonete.

Assim que entrei na lanchonete, lembrei que havia esquecido a chave na lambreta. Voltei correndo e ainda estava lá. O garoto me julgou com o olhar e eu sorri, radiante.

No balcão da lanchonete, pedi uma pilha de bolinhos de queijo e uma xícara de café preto. Comi devagar e, aproveitando o momento tranquilo, resolvi mandar uma mensagem avisando Hyuna que a minha chegada estava próxima.

Eu: O que vai sempre volta.

Eu: Prepara um almoço bem gostoso para mim, que quando eu chegar vou estar com fome.

Vi o homem que me atendeu me encarando, com as sobrancelhas levantadas.

- O que foi? Só esses bolinhos não vão me sustentar não.

- Que? - Ele perguntou, sem entender.

- Nada.

Vi que as mensagens foram visualizadas, mas não respondidas.

Ué. A Hyuna nunca me ignora.

- De novo, Shinwon? - O atendente perguntou, olhando para a porta e eu segui o seu olhar para o garoto que havia me ajudado com a gasolina minutos antes.

- Mas eu estou com sede. - O garoto respondeu baixinho e foi até o balcão.

- Tá, tá. - O homem foi até a geladeira para buscar uma garrafa de água para o mais novo.

Voltei a minha atenção para o meu lanchinho e terminei-o rapidamente. Eu ainda tinha muita estrada pela frente e tinha que me apressar se quisesse chegar a tempo do almoço pontual de Hyuna, que sempre era ao meio-dia.

Depois de subir na lambreta e colocar o capacete, dei a partida e saí derrapando de tão rápida que eu estava com aquele veículo que só alcançava quarenta quilômetros por hora.

EM PAUSA- We are The Losers, We are The Best ▪ HuiOnde histórias criam vida. Descubra agora