Eu não bebi o suficiente para esquecer meu nome, por isso, há um sorriso em meus lábios quando desperto na manhã seguinte e encontro uma Lucy enrolada na toalha, tirando a maquiagem em frente ao espelho. Ela parece destruída, mas sorri ao encontrar meu olhar pelo reflexo.
— Você tá com cara de quem transou. — Diz humorada.
Em algum momento da festa nos separamos. Fiquei a maior parte do tempo com Andrew e a encontrei às duas da madrugada vomitando na calçada, com um cara (diferente do que estava dançando) segurando seu cabelo.
— Não, não aconteceu. — Dou de ombros.
Apesar de querer muito e Andrew tanto quanto, eu não faria sexo numa balada, nem mesmo sairia com um desconhecido e deixaria minha amiga sozinha. Andrew não forçou a barra como achei que rolaria. Nós dançamos e curtimos um ao outro. Foi bom.
— Você tem uma marca no pescoço! — Acusa.
Dou risada.
— É, mas não aconteceu nada além de beijos. E você, fez o quê?
— Ah, eu fiquei com alguns caras. — Sorri, voltando a esfregar o lenço umedecido na bochecha. — Também não rolou nada demais. — Faz beicinho. — Mas em minha defesa, eu bem que tentei. O banheiro daquele lugar é um nojo!
— Não acredito. Você tentou transar no banheiro?
— Era melhor que o beco atrás do pub.
Nego com a cabeça, desconectando meu celular do carregador para mandar uma mensagem para Theo.
Chris?
Me levanto.
— Vou tomar um banho.
— Não esqueça de Isaac! — Avisa.
— Até parece, quero saber como foi a noite dele também. Vai ficar?
— Óbvio! É meu namorado, duh?
Ele se tornou o namorado de Lucy assim que ela descobriu que Amelie e Isaac terminaram. Ele só não sabe ainda.
(...)
— Eu senti tanto sua falta. — Encho o bolinho cor-de-rosa de beijos. Ele está acordado, com o cenho franzido como se estivesse diante uma maluca. — Ele mamou direito? Não deixou nada? Você conseguiu trocar a fralda sozinho?
— Sim, senhora. É difícil acreditar que eu sou um bom pai?
— No primeiro dia fora do hospital eu pedi que vigiasse Chris, e você dormiu, então, sim?
Lucy gargalha da mesa, a boca cheia de macarrão com queijo.
Theo a lança um olhar irritado. Ela não se abala, enfiando mais uma garfada de macarrão na boca.
— Fiquei de olho nele a noite toda. Ele começou a chorar de madrugada. Deduzi que fosse cólica já que já tinha mamado e a fralda estava limpa, então eu fiz aquele lance com as pernas que você disse.
— Aposto que ele chorou de saudade. — Beijo a cabecinha de cabelos ralos.
— Ou porque estava com o pai dele. — Alfineta Lucy.
— Ana. — Theo suspira. — Me diga quando ela não está aqui da próxima vez que eu vir.
— Ahá! Eu sempre estou aqui, idiota.
— Você precisa de uma Silver Tape nessa maldita boca. — Ruge o garoto.
Aí está, ele entrou nas provocações.
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Via Internet
Teen FictionAos quinze anos, Ana Julia é só mais uma garota grávida, a qual não planejara a gestação precoce. Abandonada pelo namorado, amigos e a vida a qual considerava a melhor, Ana, se vê só, tendo de lidar com as mudanças físicas e psicológicas, entrando n...