Capítulo 48

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12 de outubro de 2019

Louis

— Pronta? — Pergunto quando vejo Alice arrumada, aparecendo na sala. Combinamos de aproveitar o final do Sábado juntos, já que ela trabalhou durante a tarde e vai estar trabalhando na madrugada do nosso aniversário de um mês.

— Não. — A encaro assustado. Tudo parece em ordem. Ela usa um cropped preto e uma calça de moletom da mesma cor, mesmo não estando frio. — Vamos, Popstar, me conta. — Finalmente entendo o que ela quis dizer e dou um sorriso.

— Poxa, Loirinha. — Dou um selinho e descanso minhas mãos na cintura dela, olhando direto para esses olhos coloridos. Os olhos mais bonitos que eu já vi na vida. — Você sabe como eu amo surpresas.

— Você sabe como eu odeio.

— Alguma vez eu já te decepcionei?

— Não. — Ela faz bico para responder. Odeia admitir que eu estou certo.

— Então qual o problema?

— Pode pelo menos dar uma dica? — Ela faz uma pergunta para fugir da minha e eu percebo que mais uma vez vou ser vencido.

— Tá bom. É perto de Santa Mônica.

— Então já sei, é aquele parque novo? — A encaro incrédulo, não é possível que com a dica mais genérica do mundo ela conseguiu entender.

— Como você faz isso?

— Confesso que pesquisei algumas coisas mais cedo.

— Eu me pergunto por que eu ainda tento. — Me dou por vencido e coloco as mãos nos bolsos.

— É bonitinho. — Ela me dá um selinho e estica a mão para mim. — Vamos?

— Vamos.

Ela tranca a casa e nós entramos no carro. Alice escolhe a música que quer ouvir, mas é tão indecisa que leva séculos até decidir deixar uma até o final. Conversamos sobre um monte de coisas o caminho todo. Minha avó, a música, a faculdade dela, os pais dela, que aparentemente ainda não sabem que estamos juntos, o trabalho, Lucy, Hope, Ethan. Até mesmo sobre meus amigos nós falamos. Desde o último incidente lá em casa, Alice prefere que eu vá até ela e nunca mais chegou a ver Max. Não a julgo, eu também ficaria incomodado se ela fosse lá em casa, sabendo que tem um cara tão acomodado e folgado como ele circulando por lá. Ainda mais agora, sabendo por tudo que ela passou.

— É aqui. — Paro o carro e nós dois descemos, andando pelo lugar, até realmente entrarmos no parque todo iluminado, tanto pelas luzes dos brinquedos, quanto pelo céu, que ainda possui resquícios da luz do dia.

— É tão lindo né? Principalmente agora que está anoitecendo. Gosto das luzes. — Ela fala olhando para o alto e eu não consigo não admirá-la. Cara, eu tenho tanta sorte por ter uma namorada tão incrível.

— Sim, muito linda.

— Eu estava falando do parque. — Ela fala assim que percebe que eu estava falando dela.

— E eu de você. — As bochechas dela coram e eu sorrio. — Queria que a gente pudesse comemorar nosso primeiro mês de namoro juntos. — Confesso e logo em seguida me arrependo. Não é culpa dela que tenha caído no meio da semana.

— Mas a gente pode. É só você passar lá na lanchonete.

— Ok, eu vou pra lanchonete e falto um dia na faculdade.

— Nem em sonho, popstar. — Dessa vez quem faz bico sou eu. — Você ainda vai me agradecer por insistir tanto nisso.

— Se você diz...

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