Capítulo 25

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AVISO DE GATILHO: ESSE CAPÍTULO POSSUI GATILHOS DE ABUSO. VOU COLOCAR OUTRO AVISO QUANDO ACABAR E O ASSUNTO FOR SER CITADO.

18 de agosto de 2019

Alice

Abro os olhos e estou no meu quarto, no meu antigo quarto, sentada na minha cama, mas onde Hope foi parar? Espera, essas não são as roupas que eu usava ontem a noite. Essas roupas são... diferentes. Do estilo que não uso há um bom tempo. Quando olho para a porta eu travo. Ele está aqui. Ele conseguiu entrar aqui outra vez. Como ele veio parar aqui?

— Fica calma, pequena. — Ele me chama pelo apelido que usava.

— Não me chama assim. — Falo firme.

— Tão corajosa... levantando a voz desse jeito. — Ele se aproxima enquanto fala e eu vou me afastando devagar, subindo mais na cama, até me encostar na parede — Onde está aquela garotinha doce?

— Você a destruiu. — Ele não deveria estar aqui. Ele já me machucou o suficiente.

— Não. Nós dois sabemos que não foi pra tanto. — Será? Será mesmo que todo esse tempo eu tenho exagerado? — Aquela sua amiga intrometida.

— Hope. Onde ela está?

— Longe. — Mas ela estava aqui ontem a noite.

— Nem mais um passo. Ou eu vou gritar.

— E quem é que vai te ouvir? Você não tem ninguém. — Ele está certo. Posso gritar o que for, estou sozinha em casa. Ninguém vai me ouvir.

— Se afasta. Por favor. Me deixa em paz. — Ele chega extremamente perto e segura meus pulsos.

— Se acalma, vai ficar tudo bem. Não vou te machucar, eu prometo. — Essa frase. A mesma frase daquele dia.

— Nate por favor, me solta. Vai embora. Vai embora! Tira a mão de mim! — Grito o mais alto possível e tento chutá-lo para longe de mim. — Por favor, sai daqui!

A PARTIR DAQUI O ASSUNTO VAI SER APENAS CITADO, MAS AINDA PODE CAUSAR DESCONFORTO EM ALGUMAS PESSOAS

— Alice, calma. — Abro os olhos e quem está aqui não é mais ele. — Sou eu, Hope.

— Ele está aqui. Ele estava aqui. Eu sei que estava. — Foi tudo um pesadelo? Foi... eu não sei explicar. Foi tão real que posso sentir o cheiro do shampoo dele perto do meu nariz.

— Quem? Do que você está falando? — A confusão dela me deixa perdida.

— Nate. Ele estava aqui, você tinha sumido, ele...

— Ei, foi só um pesadelo, não tem ninguém além de nós duas aqui. — Então eu estou segura?

— Tem certeza?

— Tenho. Se quiser eu procuro pela casa inteira. — Nem pensar.

— Não! Não me deixa aqui sozinha. — A puxo para um abraço.

— Você tá tremendo.

— Foi tudo tão real. Eu ainda consigo sentir as mãos dele em mim. — Passo as mãos pelo meu corpo, tentando tirar essa sensação horrível de mim.

— Pode ficar tranquila, foi só um pesadelo.

— Tá mais pra uma lembrança. — Penso alto e ela me olha confusa.

— Você acha que reviveu aquele dia?

— Eu usava até as mesmas roupas. — Era exatamente o mesmo short, a mesma blusa. Foi depois desse dia que eu tirei todas essas peças de roupa do meu armário.

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