10 de agosto de 2019
Louis
Lucy me mandou o endereço da festa em cima da hora. Obviamente meus amigos já estão arrumados, mas eu, com toda a minha certeza de que minha irmã não ia aparecer tão cedo, me encontrava jogado na cama, só de cueca quando recebi a notificação dela com a localização. Dei um pulo e antes mesmo de falar com os meninos, me arrumei o mais rápido possível. O que não foi o suficiente.
— Finalmente tá pronto. — Max reclama e eu não me surpreendo.
— Foi mal, a Lucy não tinha mandado o endereço e pensei que a gente nem ia sair mais.
— Vacilou, Louis. A gente vai perder metade da festa.
— Não vamos não. Lucy disse que eles só começam a tocar em uma hora, dá tempo de chegar lá e ainda sobra uns quinze minutos.
— Se não tiver trânsito. — Ele surtou?
— São nove da noite em um sábado. Por que teria trânsito?
— É só uma possibilidade.
— Não, é você querendo encontrar alguma coisa pra implicar.
— Vocês dois, parem agora. — James interfere. — Assim que a gente nunca vai chegar mesmo. Louis, as chaves. — Ele joga para mim. — Max, você vai caladinho no banco de trás, ou eu te jogo pra fora do carro.
— Obrigado. — Agradeço pela última parte e ele continua sério.
— Vamos logo.
No caminho, por mais que Max tentasse implicar com alguma coisa, era cortado por James, que com certeza é o mais responsável de nós três. Na maioria das vezes essas brincadeiras não passam disso, brincadeiras. Levo tudo no bom humor e ele normalmente faz o mesmo. Eu e Max só brigamos umas duas vezes, pelo mesmo motivo, mas no geral é tudo uma tranquilidade sem fim. Assim que chegamos, os dois pulam do carro.
— Ei, fica sóbrio, você dirige na volta. — James fala e eu encaro os dois confuso.
— Quando a gente decidiu isso?
— Quando você demorou se arrumar. — Max fala e James concorda. Fui vencido.
— Até mais tarde.
— Tá... bom.
Eles me deixaram sozinho. Não é difícil acreditar que isso tenha acontecido e eu não sou o tipo de cara que fica tímido e se encolhe em algum canto, mas resolvo aproveitar para procurar minha irmã. Entro na casa, passo direto pela sala e vou para o jardim, onde tem um espaço separado para alguns instrumentos e eu logo deduzo que é onde Lucy deve estar. Ando devagar até lá, tentando localizá-la, e quando consigo, vejo a oportunidade perfeita para me aproximar.
— Lucy! O que você está fazendo? — Chego a assustando, junto com a garota que ela estava beijando.
— Louis! Quer me matar de susto? — Ela me dá um tapa fraco no braço.
— Talvez. Prazer, eu sou o Louis, namorado dela. — Falo para a menina do lado dela, que arregala os olhos e me olha assustada. Me seguro para não gargalhar da cara de susto dela.
— Namorado? — Ela está tão branca quanto um papel.
— É brincadeira. Esse idiota é meu irmão mais novo. — Assim que minha irmã arruma a confusão que eu quase arranjei, a garota volta ao normal.
— Você pode omitir a última parte.
— Não posso não.
— Me desculpa pelo susto. — Me desculpo assim que noto a garota ali ainda, parada, olhando para nós dois discutindo.
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Summer Love
Ficção AdolescenteEm 2016, as famílias de Alice e Louis decidiram passar o 4 de julho juntas, fazendo assim, com que os dois adolescentes se encantassem um pelo outro, mas depois do feriado, eles perderam completamente o contato. Três anos mais tarde, Louis cruza o p...