"Artie, é um garoto tímido e solitário. Bill, é um garoto rebelde e aventureiro. Esses dois adolescentes, aparentemente sem nada em comum, teram os seus caminhos cruzados de uma maneira totalmente inusitada e juntos, eles vão aprender lições valiosa...
Um desenho bem soft que eu fiz essa semana. 💕 Tomara que ele alivie o capítulo meio tenso...
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Era manhã de sexta feira e os meninos estavam na quadra da escola, pois estavam tendo aula de educação física. Nenhum deles gostava de praticar esportes com os outros alunos, por isso estavam sentados na arquibancada.
- Nós podemos ir para a casa da árvore depois da escola? - Robbie perguntou. - Eu trouxe jogos de tabuleiro.
- Claro. Vai ser legal. - Bill respondeu.
Bill percebeu que Artie parecia um pouco incomodado.
- O que foi, Artie?
- É que a Mary não para de olhar para cá.
- É, eu sei. Não liga para isso. O objetivo dela é nos incomodar. Não vamos deixar ela conseguir.
Depois das aulas tediosas, finalmente o sinal tocou anunciando que era hora de ir embora e os garotos foram para a casa de Bill.
- Ah, vocês dois podem subir. Eu e o Artie vamos lá dentro pegar algo para gente comer. - Bill disse assim que eles chegaram.
- Tá bem. - Robbie concordou e foi para a casa da árvore com Jacob.
Bill entrou em casa junto com Artie e e eles foram até a cozinha.
- Bill, o que vamos pegar para...
De repente Artie sentiu uma das mãos de Bill cobrindo seus olhos.
- O-o que está faze... - Ele começou a questionar mas foi interrompido com os lábios do namorado juntando - se aos seus.
Bill se separou dele poucos segundos depois.
- Desculpa... Eu queria muito fazer isso.
- P-por que tapou meu olhos? - Ele perguntou corado.
- Só queria te pegar de surpresa. Achei que ia ser mais divertido. - Bill respondeu travesso e um pouco envergonhado. - Assustei você?
- Acho que um pouco. Mas foi de um jeito bom.
Bill sorriu como resposta.
- Certo. Vamos pegar alguma coisa para gente poder voltar. - Bill abriu o armário. - Bom, tem nachos. Acho que todo mundo deve gostar de nachos.
Eles pegaram os nachos e foram para a casa da árvore.
- Por que demoraram tanto? - Jacob perguntou.
- Nós só estávamos procurando nachos. - Bill respondeu olhando para Artie.
- S-sim... - Ele concordou.
Robbie entendeu que eles estavam mentindo, mas preferiu não deixar Artie mais nervoso do que já estava.
- Tá, então por que não jogamos alguma coisa? Olhem, podemos jogar esse de investigação. Eu e o Jacob sempre jogamos.
- Parece maneiro. - Disse Bill olhando as cartas do jogo.
Eles organizaram o tabuleiro, separaram as cartas e escolheram suas peças.
- Tá legal, eu começo. - Jacob disse.
Eles começaram a jogar e a comer nachos.
- Legal! Eu ganhei! - Bill disse depois de muitos minutos de jogo.
- Parabéns, Bill! - Artie disse animado.
- Valeu.
Robbie observou os dois olhando um para o outro e não pode deixar de fazer um comentário.
- Vocês são mesmo tão adoráveis juntos! E então, como está indo o namoro de vocês?
- Bem... - Artie respondeu.
- Robbie, por que você quer saber essas coisas? - Jacob perguntou.
- Eu só fiz uma pergunta. Nós somos amigos agora, Jacob. Só quero saber como eles estão.
- Tanto faz.
No fim da tarde, Robbie estava com Jacob em sua casa. Eles estavam no quarto terminando de fazer o dever de casa. Os pais de Jacob já estavam em casa.
- Robbie, qual é a raiz quadrada de cento e quarenta e quatro mesmo? - Jacob perguntou.
- É doze.
- Obrigado.
- Jacob... posso fazer uma pergunta? - Robbie perguntou assim que terminou sua tarefa.
- O que é? - Jacob havia terminado também graças a ajuda do amigo.
- Promete não ficar bravo comigo?
- Você sabe que eu não fico bravo com você. Fala logo o que é!
- Bem... Por que nós não podemos ficar juntos assim como o Artie e o Bill?
Jacob fez uma expressão surpresa.
- O que está dizendo? Só porque eles são gays nós também temos que ser?
- Não é isso. É só que... Jacob, você é a minha única companhia desde sempre. Eu amo você! E eu não consigo acreditar que você não se sinta da mesma forma!
Jacob pareceu perdido e confuso
- Robbie... Você sabe que eu também amo você. Mas você também sabe que nós não podemos amar um ao outro desse jeito. Você se lembra do Roger e o que meus pais faziam. Nós não podemos... - A voz de Jacob começou a falhar.
- Jacob, você está pensando no passado outra vez. Eu me lembro de tudo que o Roger teve que enfrentar mas não significa que vai ser igual para nós.
- Você não entende? - Jacob alterou o tom de voz. - Tudo isso pode ter passado mas os meus pais continuam os mesmos! O mundo continua o mesmo! Eu já tenho muitos problemas e meus pais já são horríveis para mim. Eu não quero piorar ainda mais a droga da minha vida!
- Jacob, eu estou aqui com você. - Robbie se aproximou do amigo já intenção de abraçá - lo.
- Sai daqui! - Jacob gritou antes que ele pudesse o abraçar. - Vai embora!
Robbie sentiu as lágrimas começando a sair dos seus olhos. Ele saiu rapidamente do quarto e correu até a porta da frente. Jacob ouviu ele saindo e batendo a porta.
- Mas que diabo está acontecendo nessa casa? - O pai de Jacob apareceu em seu quarto. - Que gritaria toda é essa? Você não sabe que eu estava dormindo, seu pirralho?
- Cala a boca, seu bêbado de merda. - Jacob gritou.
Seu pai deu um tapa em seu rosto.
- Agora sim você vai levar uma surra!
- Mas o que é isso? - Sua mãe chegou no quarto.
- Você sempre se intromete quando eu tento dar um pouco de educação para esse moleque!
- Fica quieto! Você bebe o dia inteiro e não faz nada por essa droga de casa!
Seu pai saiu do quarto. Provavelmente iria Beber mais um pouco.
- Não me dê as costas enquanto eu estiver falando. - Sua mãe foi atrás dele
Eles começaram mais uma típica discussão enquanto Jacob simplesmente trancou a porta, ficou no chão em posição fetal e começou a chorar.
