49- Momentos que ninguém pode roubar

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       Artie e Bill estavam no sofá assistindo a um desenho animado aleatório que estava passando na televisão

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       Artie e Bill estavam no sofá assistindo a um desenho animado aleatório que estava passando na televisão. Eles estavam sozinhos, pois tia Gomercinda havia saído há alguns minutos.

— Você está mesmo melhor, Artie?

— Sim. Assistir desenhos animados sempre me anima.

— Eu também gosto muito. Artie, você acha que a essa hora a aula já deve ter acabado?

— Com certeza.

— Puxa passamos mesmo a manhã toda juntos.

— O seu pai não vai se importar de você não ter ido a aula hoje?

— Ele nem sequer vai saber. Mas de qualquer forma ele não se importaria.

         Artie estava com a atenção voltada para a televisão enquanto Bill olhava para ele. Logo sentiu vontade de beijá-lo.

— Artie...

         Ele olhou para Bill.

— O que?

— Ah... Eu... — Bill foi interrompido pela campainha tocando.

— Eu vou atender a porta. — Artie disse se levantando do sofá.

         "Droga!" Bill disse em sua mente.

— Oi, Robbie! Oi, Jacob! — Artie cumprimentou ao ver que eram os seus amigos. — Podem entrar.

— Oi, Artie. Como você e o Bill não foram a escola hoje nós ficamos preocupados. — Robbie falou.

— Como assim,"nós"? Eu disse que não precisávamos vir até aqui. Olha só, eles parecem bem. — Disse Jacob com seu humor de sempre.

       Robbie o olhou com desaprovação e prosseguiu.

— Enfim, vocês estão bem?

— Sim, estamos. É que aconteceu uma coisa desagradável enquanto íamos para a escola. — Disse Artie. — A Mary parou a gente no meio do caminho e nos disse que já sabia sobre eu e o Bill.

— É sério? Mas então ela vai contar para todo mundo? — Robbie perguntou preocupado.

— Ela disse que não quer se envolver nisso por quê... Bem, ela disse coisas terríveis.

         Bill colocou a mão no ombro do namorado.

— Não precisa se lembrar de tudo o que ela disse. — Bill o consolou.

— Foram coisas tão ruins assim? — Jacob perguntou.

— Para resumir, ela ofendeu o Artie de diversas formas e disse que o nosso relacionamento não é "certo". — Explicou Bill.

— Cara... Isso é horrível! Quem ela pensa que é para decidir sobre a vida de alguém? — Disse Robbie.

— Robbie, todo mundo é assim. As pessoas que não são "como nós" vivem nos julgando. Não me surpreende nem um pouco a atitude dela. — Jacob falou.

— O mundo é um lugar tão patético. Até quando as pessoas vão ser julgadas por serem diferentes? — Robbie falava indignado.

— Sabem, apesar de tudo, eu tenho a esperança de que eu e o Bill vamos ficar juntos para sempre e seremos muito felizes. O que me fez acreditar ainda mais nisso foi conhecer o senhor Klutz. Ele é um senhor que tem um marido. Ele disse que se conhecem desde jovens. Enquanto ele falava sobre o marido, eu pude perceber que ele realmente o ama. — Ele olhou para Bill. — Eu quero que seja assim com a gente também.

         Bill, comovido pelas palavras, abraçou Artie.

— Eu prometo que vai ser, Artie!

      Enquanto observava a cena, Robbie sorriu olhou para Jacob.

— Não me olha assim. Você sabe que... Vamos ficar juntos para sempre também... — Jacob disse relutante enquanto corava.

— Oh, Jacob! Eu também amo você. — Respondeu Robbie.

— Tanto faz.

— Eu fico muito feliz que vocês estejam bem apesar do que aconteceu. Isso prova que o amor de vocês é muito forte. Eu acho isso incrível.

— Obrigado, Robbie.

— É melhor nós irmos embora agora, Jacob. Preciso ver minha mãe.

         Depois que Robbie e Jacob foram embora, Bill finalmente estava a sós com Artie novamente.

— Oh, acabou o desenho que estávamos assistindo. — Artie disse desligando a televisão. —Você está bem, Bill? Não falou nada desde que Robbie e Jacob foram embora.

— É que... Eu queria...

— O que?

— Eu queria beijar você de novo, igual fizemos sábado. — Bill admitiu enquanto suas bochechas ficavam vermelhas.

— Mas e se a tia Gomercinda chegar e nos ver? — Artie também ficou ruborizado.

— Ela disse que iria demorar um pouco, lembra?

— T-tá bem. Acho que nós podemos...

          Bill foi se aproximando lentamente até finalmente seus lábios tocarem nos de Artie. Logo suas línguas se encontraram. Durante o beijo, Bill deslizou uma das mãos sobre as costas de Artie que após sentir um arrepio percorrer o seu corpo, se afastou bruscamente.

— O que foi? Eu fiz algo errado? — Bill perguntou com preocupação.

— N-não! É só que o seu toque me pegou de surpresa.

         Bill parou para pensar e percebeu que em todas as vezes em que havia o beijado, só havia tocado em seu rosto e Artie não o tocava.

— Você pode colocar as mãos em mim quando estivermos nos beijando. — Ele disse pegando as mãos de Artie e as colocando em volta da sua cintura. — Eu gosto quando você me abraça.

— T-tá bem...

— Tudo bem se eu fizer isso com você também?

— Sim...

          Bill delicadamente passou os braços ao redor da cintura de Artie e se aproximou para beijá-lo novamente. Eles perceberam que o beijo era muito melhor quando eles estavam abraçados.

— Eu amo esses nossos momentos.— Artie disse apoiando a cabeça no ombro de Bill.

— Eu também. Você vê? Não importa o que alguém como a Mary diz. Nós sempre vamos ficar juntos e vamos compartilhar esses momentos.

— Sim e eu já não me importo mais com ela ou com qualquer outra pessoa desagradável. Quando estou com você me sinto seguro e ninguém vai nos tirar isso.

         Depois de alguns minutos, Tia Gomercinda chegou e preparou o almoço. Após isso, Bill percebeu que era hora de ir..

— Eu queria ficar mais, Artie, mas não posso deixar o Bob sozinho por tanto tempo.

— Você tem razão. Nós nos vemos amanhã.

       Eles se despediram com um logo abraço apertado e após Bill ir embora, Artie decidiu dormir um pouco.

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