59- Tudo cai por terra

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*Nota: Talvez vocês estranhem o fato dos personagens estarem indo a escola em dezembro/janeiro. Acontece que, como minha história não se passa no Brasil, eu uso como base os costumes estrangeiros. Sendo assim, o ano letivo dos personagens começa entre agosto ou setembro e termina em maio ou junho. Lembrando que nessa época também é inverno.

       O mês de dezembro já havia acabado e  janeiro estava apenas. A neve deixava tudo mais bonito e mágico. As coisas corriam bem. Bill se destacava cada vez mais no basquete e Artie estava feliz por ele. Jacob e Robbie também estava indo bem com o relacionamento deles.

       Era fim da tarde e Carl caminhava junto com sua prima Mary. Ela estava ficando na casa dele enquanto seus pais viajavam a negócios.

— Carl, eu quero ir para o shopping! — Mary resmungou.

— Não. Vamos para casa logo, Mary.

— Mas eu quero fazer compras.

       Carl a ignorou. De repente Mary ficou calada. Carl estranhou essa atitude.

— O que foi?

— É que aqui é a rua da casa do Bill...

— O que? Como você sabe?

— Uma vez eu segui ele depois da aula.

— Nossa, que obsessiva. De qualquer forma, vamos para casa logo.

      Quando eles passaram na frente da casa de Bill, viram ele e Artie saindo. Mary parou de andar imediatamente. Eles pareciam muito felizes.

— Eu não acredito! — Mary disse em voz alta fazendo os dois notarem sua presença.

— O que você está fazendo aqui? — Perguntou Bill.

— Mary, vamos embora. — Carl tentou conter sua prima.

— Bill, como você pode estar com esse garoto ainda? Eu achei que você já tinha se curado.

— Quer dizer que você veio até a minha casa para me encher? — Bill ficou alterado.

— Calma, Bill. Vamos embora. — Disse Artie na tentativa de acalmar Bill.

— Cala a boca, garoto! Você não merece o Bill. — Mary gritou.

— Mary, para com isso. Você não pode falar assim com eles.

— Eu falo como eu quiser, Carl! O Bill é um idiota que me trocou por essa coisa cheia de sardas.

       Artie permaneceu calado. Bill por outro lado a respondeu.

— Presta atenção em como fala com o meu namorado.

— Ainda tem a coragem de chamar ele de namorado. Que nojo!

       Antes mesmo de alguém dizer mais alguma coisa, o pai de Bill chegou repentinamente.

— Bill o que está acontecendo aqui? Por que vocês estão gritando no meio da rua?

— Não é nada, pai. — Bill não sabia como explicar.

— Eu digo o que está acontecendo. O seu filho está doente. Ele fica dizendo que essa aberração é o namorado dele. — Mary falou apontando para Artie.

      Todos ficaram chocados com o que Mary disse.

— Bill, do que ela está falando?

     Bill não conseguia dizer nada.

— É verdade. Ele até me rejeitou por causa disso.

— Bill, entra em casa agora. — Seu pai ordenou.

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