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Estávamos terminando de descer as escadas e nos deparamos com Greta segurando uma bandeja nas mãos.

- Ah, bom dia Senhor Theodoro. Estava levando seu café da manhã, já que Edward desapareceu. - lança um olhar de brava para o mordomo.

- Bom dia Greta. Pode levar de volta para a cozinha. Comerei na sala de jantar, assim como sempre foi.

- O Senhor Miller...

- Eu já sei o que ele disse. Apenas faça o que estou mandando.

- Tudo bem. - abaixa a cabeça em reverência. - Vamos Edward.

- Edward fica comigo. Vá.

- Ok.

Greta vai em direção à cozinha e Ed e eu, à sala de jantar.

Chegando na entrada da mesma, mamãe já me lança um olhar de desgosto.

Continuo seguindo e me sento.

- O que esse garoto está fazendo aqui?? - meu pai diz irritado.

- Você, por favor, sirva mais dois pratos. - digo para uma das empregadas.

Assim ela faz.

- Eu disse para ele não descer, mas parece que não me ouviu. - mamãe comenta.

- Dois pratos? Vai receber algum convidado? - papai pergunta.

- Venha Edward, sente-se conosco. - digo.

- O que pensa que está fazendo???

- Muito obrigado Jovem Mestre, mas meu lugar não é aqui.

- Isso é uma ordem. Sente-se logo!

Edward olha para meu pai, que estava com sangue nos olhos, e se senta.

- Nos sirva por favor. - digo à empregada.

Ela nos serve e começamos a comer.

Edward recuava às vezes, até porque, ele ainda deve obedecer e respeitar meu pai.

- Se está fazendo isso para me irritar, saiba que está perdendo tempo.

- Te irritar papai? Claro que não. - digo em tom sarcástico. - Apenas acho que empregados, como Greta e Edward, merecem um lugar na mesa conosco, afinal, já nos serviram muito.

- Não era nem para VOCÊ estar aqui, quem dirá um mero empregado.

- NUNCA MAIS REPITA ISSO. - grito dando um tapa na mesa. - Edward não é apenas um mero empregado. E você, deveria saber disso melhor do que eu.

- Jovem Mestre, não precisa...

- Não comecem a brigar logo cedo. - mamãe o interrompe.

- É esse seu filho que está sempre procurando confusão. Se eu mandei ficar no quarto, era para ter feito isso. Pensa que eu esqueci o que fez ontem? Mal consigo olhar para seu rosto.

- Se está tão incomodado com minha presença, por que não sai da mesa?

- Essa é a MINHA casa, não vou fazer isso.

- Essa também é a MINHA casa, e eu tenho o direito de ficar onde EU quero.

- Essa só será sua casa quando adquirir pelo menos um pouco de maturidade e responsabilidade. E quando se casar... Aí sim essa será a SUA casa.

- Ok... Então traga aquela pirr... Digo... Traga Maitê de volta. Irei corrigir meu erro e me casarei com ela. E então, será eu quem ditará as regras desse lugar. - lanço um olhar desafiador para meu pai.

My Butler is my Daddy Onde histórias criam vida. Descubra agora