44

265 35 5
                                    

Eu estava com medo e perdido em meus próprios pensamentos. Queria ajudar meu amigo, mas não sabia como fazer isso.

Sou liberado de meu estado de transe quando percebo que alguém havia entrado na briga e, para minha alegria, em defesa de Thomas.

Era o homem misterioso que conversava comigo.

Ele imobilizou o agressor com um mata-leão e o afastou de Thomas.

Só agora pude perceber o quão forte ele é, e, aparentemente, é muito corajoso também.

Minha primeira reação foi ir até meu amigo e tentar tranquilizá-lo com um abraço.

O corajoso homem havia jogado o outro no chão e estava o enchendo de socos, chamando-o de covarde e ameaçando fazer pior caso ele incomodasse o jovem rapaz novamente.

Thomas estava assustado, chorando e muito debilitado. Ele agarrou fortemente minha mão e me puxou, correndo para fora da boate.

Entrou no carro e eu entrei em seguida. Acelerou como se sua vida dependesse daquilo.

Tentei conversar com ele durante o caminho e entender o motivo da briga, mas o loiro apenas me ignorava. Estava com o olhar distante, ainda chorando. Estava claramente com muito medo.

Devido a toda velocidade, chegamos bem rápido em casa. Por sorte o porteiro estava cochilando, então nem notou nossa chegada.

Entramos na mansão e Thomas ainda estava na mesma situação.

Tentei acalmá-lo, mas ele só conseguia chorar. Parecia estar em estado de choque.

O levei para cama e me deitei ao lado dele.

Pretendia ficar acordado até vê-lo adormecer, mas estava tão cansado que acabei apagando sem perceber.

...

...

...

O dia amanheceu, dormi muito pouco e, quando acordei, percebi que Thomas estava sentado na beirada da cama.

- Como você está? - pergunto baixinho para não assustá-lo.

Ele se vira para mim, com os olhos inchados e olheiras aparentes. Com certeza passou a noite em claro.

Antes que responda, vou até ele e o abraço por trás, ajoelhado na cama.

Ficamos alguns segundos em silêncio, mas Thomas o quebra.

- Eu não devia estar passando por isso novamente, Theo. - diz com a voz chorosa.

- Ô meu amigo, não fique assim. - o viro de frente para mim e o abraço. - Me conta o que está acontecendo. - seguro suas mãos.

Ele me lança um olhar triste, parecia querer dizer algo, mas não conseguia.

Nesse momento, Maitê entra no quarto procurando por mim.

- Thomas, com licença. Greta me pediu para procurar Theodoro e chamar vocês para o café da manhã.

A garota para próximo a porta quando nos vê nesse momento melancólico.

Ela se aproxima de nós lentamente e a cada passo que dava, seus olhos se enchiam de lágrimas.

Silenciosamente, Maitê se senta na cama e acaricia o rosto do irmão.

- T-Thomas, você está... está coberto de hematomas. - diz enquanto as lágrimas escapam. - Não vai me dizer que... - não consegue terminar sua fala devido ao choro.

- É isso mesmo, irmãzinha. - diz em tom de desprezo, empurrando a mão da menina. - Espero que esteja satisfeita... outra vez.

- Não, Thomas. Nunca! Eu nuca quis te machucar, você sabe disso. Por que insiste em me culpar por algo que fiz sem más intenções??

My Butler is my Daddy Onde histórias criam vida. Descubra agora