My Butler is my Daddy

03

Como previsto, o dia de ontem foi um saco.

Visitei a vinicultura e "aprendi" sobre o processo de produção do vinho.

Eu nem sei pra que isso, afinal, minha responsabilidade será cuidar do dinheiro.

Enfim...

Não quero falar sobre esse dia de merda.

Foi chato pra caralho.

Agora estou na biblioteca, lendo livros de grandes enólogos de sucesso. Meu pai meu obrigou a fazer isso.

Meu cãozinho de guarda, como sempre, está aqui comigo, de pé ao meu lado.

- Sente aqui, Edward. - digo dando tapinhas no assento em que eu estava.

- Estou bem aqui, Jovem Mestre.

- Isso é uma ordem!

- Ok, me desculpe. - ele se senta.

- Sabe Edward, eu te conheço desde que me entendo por gente, mas nunca parei para pensar em como você veio parar aqui nessa prisão...

- Acho melhor o senhor se concentrar em seus estudos.

- Aaawn Edward. - digo com a voz manhosa, colocando o livro que estava lendo em cima da mesa que estava na nossa frente. - Eu adoraria saber mais sobre sua vida. - coloco minha perna em cima da dele e apoio minhas mãos em seu peitoral, aproximando nossos rostos. - Tenho certeza que vai ser bem mais interessante do que esses livros idiotas.

- Jovem Mestre... - ele vira o rosto, se desviando de mim. - Volte a estudar antes que o Senhor Miller chegue.

- Por que você se preocupa tanto com meu pai? - reviro os olhos.

- Ele é meu mestre. Devo respeito à ele e à toda sua família.

- Você é o MEU mordomo. Sou eu quem mando em você agora que tenho 18 anos. - me sento em seu colo, seguro seu rosto e o viro para mim.

- Jovem Mestre...

- Shiii. - coloco meu dedo indicador em sua boca. - Você verá que eu sou um mestre muito melhor do que aquele velho idiota. - começo a afrouxar sua gravata.

*Toc-Toc*

- Senhor Theodoro, a Senhora Celine pediu para avisá-lo que irá se ausentar por um tempo.

Aiii que ódio!!!

Por que essa velha teve que aparecer para estragar meu momento?!

- Tá bom Greta, obrigado por avisar. Já pode ir embora.

- Ok, se precisar de mim, estarei na sala de estar.

- Vai embora logo. - digo baixinho.

Ainda bem que ela não abriu a porta.

- Onde estávamos? - digo inclinando meu rosto para perto dos lábios de Edward.

- Comporte-se Jovem Mestre. - diz me retirando de seu colo e me colocando no sofá com suas grandes e fortes mãos.

Ele se levanta e ajeita a gravata.

Cruzo os braços e lanço um olhar furioso para ele.

Quando ia abrir a boca para reclamar, Edward me interrompe.

- Se você quer saber sobre a minha vida, tudo bem, te contarei...

Ele vai até o sofá à minha frente e pede permissão para se sentar.

- Posso?

Concordo com a cabeça.

- Minha vida não é nada interessante, mas já que você quer saber... Bom, minha falecida mãe trabalhava para sua família como cozinheira. Ela engravidou do jardineiro, que após saber da notícia, simplesmente desapareceu. Por sorte, sua família deu todo apoio que minha mãe precisou durante a gestação, mas infelizmente ela veio a falecer durante o parto.