My Butler is my Daddy

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Acordei e mamãe já havia se levantado.

Eu ainda estava processando toda a história de ontem à noite e me certificando de que não foi um sonho.

Infelizmente é a realidade...

Só de pensar que meu pai pode ser um assassino... eu sinto calafrios.

Por um momento eu acreditei na repentina mudança dele, mas com certeza tem algo por trás disso. Theodoro Miller Segundo é um homem interesseiro e não faz nada que não o beneficie.

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Após o café da manhã, vim para biblioteca pensar um pouco. Cheguei a conclusão de que não posso guardar isso só para mim, então resolvo compartilhar com as pessoas em que confio, não só para me livrar de todo esse peso, mas também para alertá-los sobre o homem com quem convivemos.

Convoco Greta, Edward e Thomas e, assim que todos chegam, começo a contar.

A reação de todos foi bem parecida com a minha. De fato, não é algo que estávamos preparados para ouvir.

- M-Mas... Ele parecia estar disposto a mudar de verdade... - Thomas comenta.

- Ele pode até estar querendo mudar mesmo, mas isso não anula o que ele pode ter feito no passado. - digo.

- Isso não pode ser verdade... Eles eram como carne e unha. Seu pai jamais faria uma coisa dessa. Com todo respeito, mas a senhora Celine está louca. - Edward diz inconformado.

- Não fale assim da mamãe. - digo bravo. - Ela acompanhou tudo de perto e sabe o que está dizendo. Foi por isso que papai eliminou todos os rastros da existência deles. E como meu tio não era tão ligado a vinícola, foi fácil desaparecer com ele sem gerar mídia.

- Sua mãe está criando conspirações malucas, e está te deixando louco também. Seu pai pode ser tudo, mas assassino eu sei que ele não é. - o mordomo briga.

- E como tem tanta certeza?

- Eu cresci com ele.

- Isso não quer dizer nada!

- Escuta, Edward... - Greta interfere. - O coração das pessoas é desconhecido para os outrens. Às vezes a gente pensa que conhece bem alguém, mas a realidade é outra. Eu sei que é uma coisa difícil de aceitar, mas talvez a Senhora Celine não esteja errada...

- Até você, Greta? - ele diz.

- Eu conheço o Senhor Miller melhor que todos aqui, posso afirmar que ele não é um homem mau... mas o dinheiro, a ambição transforma as pessoas. Se Anthony realmente quisesse vender a vinícola, eu não duvido de que Theodoro fosse capaz de qualquer coisa para impedir isso.

Edward cai na realidade e parece acreditar na teoria.

- M-Mas e o pequeno Henry? E a Alice? - Ed questiona.

- Bom, foram vítimas indiretas de toda essa briga familiar.

Algumas lágrimas escapam dos olhos de Ed.

Greta e eu o abraçamos, deixando escapar, também, algumas lágrimas.

Thomas nos olhava com pena.

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Depois do almoço, Greta sugere que eu vá dar uma volta com Edward, para esfriarmos a cabeça. Ela nos ajuda a sair de fininho e resolvemos ir até uma praça que fica aqui perto.