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- Thomas, espera!...
...

...

...

Depois de tudo isso, aqui estou eu... Com Maitê chorando em meus braços e vendo meu amigo, totalmente desamparado, sumindo do meu campo de visão. Não sabia o que fazer, não sabia quem ajudar...

- Maitê, não fique assim, tenho certeza que Thomas não disse essas coisas por mal. - tento acalmar a menina. - Vem, vamos lá dentro para você tomar uma água. - ofereço minha mão para ajudá-la a se levantar.

- Não! Não precisa se preocupar comigo. Vá atrás de Thomas! Ele precisa de você.

- Mas olhe só seu estado, também não está nada bem.

- Se Thomas estiver bem, eu também estarei. Vá, por favor... por mim. - implorava.

- Tem certeza que ficará bem?

- Tenho, confie em mim.

- O-Ok... Se precisar de qualquer coisa, pode me chamar.

- Tudo bem.

- Entre e tome um pouco de água.

- Ficarei aqui por mais um tempo, mas já já entrarei.

- Ok, mais tarde nos falamos.

Concorda com a cabeça.

Vou para dentro da mansão, diretamente para o quarto de Thomas.

Ao chegar, bato na porta, que não estava trancada.

- Thomas... Posso entrar? - pergunto, já entrando.

Ele estava deitado na cama, com o rosto afundado em uma almofada.

Me sento ao seu lado e acaricio seus cabelos.

- Podemos conversar? - continuo.

- Não. - diz com a voz abafada.

- Ah, não faça assim, Thomas... 

- Por que não conversa com Maitê?? - diz enciumado.

- Espera aí... Você não está com ciúmes, né?

- O que você acha, Theodoro?! - libera o rosto e também se senta.

- Thomas, não tem porque...

- Sempre foi assim... Todo mundo sempre preferiu ela. - me interrompe. - Pensei que isso não aconteceria no seu caso, mas pelo visto, estava enganado.

- Eiii, mas quem disse que eu prefiro ela?

- Você até contou seu maior segredo a ela, coisa que não fez para mim. Eu descobri tudo sozinho, lembra?

- Maitê também descobriu sozinha.

- Mas você não deveria confiar nela.

- E por que não?

- Maitê é uma traidora que arruinou minha vida... Não quero que ela faça o mesmo com você.

- Se soubesse o quanto sua irmã te ama, não falaria essas coisas.

- Até parece que aquela lá sente alguma coisa boa por mim.

- Ela quem pediu para que eu viesse te consolar, pois, segundo ela, se você estiver bem, ela também estará.

- Maitê disse isso? - se comove por um tempo, mas logo se recompõe. - É tudo parte do teatrinho dela, não pense que ela se importa comigo.

- Eu te garanto que se importa sim! E você foi muito cruel dizendo aquelas coisas.

My Butler is my Daddy Onde histórias criam vida. Descubra agora