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Thomas e eu ficamos conversando até a hora do almoço, e quando Greta nos chamou para a refeição, descemos até a sala de jantar.

Lá estavam apenas mamãe e Maitê, o que quer dizer que papai ainda estava conversando com Edward em seu escritório.

Ainda estava muito preocupado, tanto, que mal consegui comer direito.

- Está tudo bem, meu amor? - mamãe pergunta ao notar minha falta de apetite. - Mal tocou na comida.

- Está sim mamãe, só estou sem fome. - digo sem olhar para ela.

- É melhor se alimentar direitinho, pois iremos sair assim que acabarmos de almoçar.

- Iremos?

- Não se lembra? Hoje é o dia em que iremos comprar o terno para seu casamento. Maitê e eu compraremos também nossos vestidos, não é mesmo querida? - a garota concorda com a cabeça.

- M-Mas... Por que ninguém me avisou?

- Como não? Pedi para Valentina te avisar e ela disse que você recebeu o recado.

E assim me lembro...

A moça realmente havia me informado sobre esse dia, mas por ser um assunto sobre o casamento, não dei muita importância.

- É... Havia me esquecido...

- Não parece estar muito animado.

- Só estou um pouco cansando, por causa da reunião. Será que não tem como deixar isso para outro dia?

- Claro que não! Já está tudo marcado com a dona do ateliê, sem contar que já estamos mais do que atrasados, o casamento está mais próximo do que imaginamos. Breve breve, você e Maitê formarão uma linda família. - diz com os olhos brilhando.

Esse comentário me deixa entediado, assim como Thomas, e Maitê, por incrível que pareça, parece também não ter ficado muito contente com isso.

- Bom, parece que não tenho escolha, não é mesmo?

- E é melhor colocar um sorriso nesse rosto. Até parece que não quer se casar.

Iria dizer que ela estava certa, mas preferi não o fazer, para não acabar com sua felicidade.

- Edward irá conosco? - mudo de assunto.

- Infelizmente não. Seu pai e ele estão tendo uma conversa muito importante.

- A senhora sabe do que se trata?

- Ainda não, mas seu pai disse que me contará.

- Pois então, quem irá dirigir?

- O Edward não é o único motorista nessa casa, embora eu confie mais nele do que em qualquer outro. Mas enfim, não temos outra opção, temos que torcer para que nada de ruim aconteça com você.

- Como assim?

- Bom, o Edward faz de tudo um pouco... Ele é o mordomo, o motorista, às vezes é o cozinheiro, sabe lavar, passar, e é também seu guarda costas.

- E desde quando eu preciso de um guarda costas??

- Bom, isso é loucura do seu pai. Ele vive dizendo que você pode estar correndo perigo se sair sozinho de casa. O motivo?... Ele nunca me disse, mas acho que ele é apenas um pai superprotetor que se preocupa com seu filho.

- Ele se preocupa comigo apenas pelo fato de eu ser o único herdeiro da vinícola. Sinceramente, por que vocês não tiveram um outro filho?

- Nunca mais diga isso, Theodoro! - mamãe diz em tom bravo. - Muito menos na frente de seu pai. VOCÊ é o nosso filho, nosso herdeiro, o herdeiro da família Miller. Deveria se orgulhar e agradecer por assumir tudo isso sozinho.

My Butler is my Daddy Onde histórias criam vida. Descubra agora