Eu ainda estava parado, processando tudo o que havia ouvido, mas não podia ficar assim por muito tempo, por isso, respondo Maitê.
Não havia mais maneiras de negar. A garota disse com toda certeza que sabe sobre meu segredo, sendo assim, a única coisa que consigo dizer é:
- Como descobriu? - tento deixar a voz o menos trêmula possível.
- Bom... Não foi da melhor maneira. - diz e suas bochechas coram.
- Já posso até imaginar como foi... - coloco a mão no rosto, com vergonha e decepção.
- Como não gosta de mistério, vou lhe contar como tudo aconteceu.
- Não! Não precisa. Eu já disse que posso imaginar como descobriu.
- Fique calmo, Theodoro. Você precisa saber de tudo.
- O-Ok... Mas tenta não me deixar mais envergonhado...
- Vou tentar. - diz seguido de uma risadinha fofa... - Bom... Lembra aquele dia que você estava estressado e brigou com todos na hora do jantar? O dia que meus pais e eu fomos embora...
- Claro que me lembro, é impossível esquecer toda a confusão daquele dia. - coloco a mão na bochecha, lembrando do tapa que recebi de meu pai.
- Então... Mais cedo, naquele mesmo dia, você estava indo para o coreto e pediu para que eu não o seguisse, certo?
- Uhum...
- Digamos que eu... Fui um pouco teimosa e te segui... Mas juro que não foi por mal. Eu apenas queria saber o motivo de você estar tão bravo... Queria encontrar uma maneira de te ajudar, mas... Eu não imaginava que iria te encontrar daquela maneira... Se lembra o que estava fazendo?
- No coreto?... No dia da briga... Bom... Eu acho que estava... - penso, penso, penso, e finalmente me lembro. Eu estava fazendo um oral no Edward... O meu primeiro oral... Minha bochechas, que já estavam quentes, começam a arder, como se tivessem em chamas.
- Vejo que se lembrou...
- Maitê, você me viu... Você viu aquilo!?!? - digo em desespero.
- Calma, Theodoro, fique tranquilo...
- Eu sou um monstro!!! - a interrompo. - Olha só para você... Uma garota tão meiga e inocente... Deve ter sido traumatizante ver uma coisa dessas. Mil perdões... Eu faço o que você quiser, para ser perdoado.
- Theodoro... Eu já disse para se acalmar... Eu sou irmã do Thomas e já morei na mesma casa que ele. Acha mesmo que foi a primeira vez que presenciei uma coisa dessas? É claro que em todas as vezes foi super constrangedor, inclusive na sua, mas não precisa se culpar.
- O Thomas tinha coragem de fazer isso na sua frente???
- Não na minha frente, mas em lugares totalmente expostos, como no meio da sala. Qualquer um que passasse por lá, veria.
- Não sei porque estou surpreso... Vindo do Thomas...
- Vejo que já o conheceu bem, mas enfim, vamos voltar ao assunto... Naquela época, minha única meta era te conquistar, portanto, quando vi que estava se entregando à outra pessoa, meu sangue ferveu, eu fiquei com muita raiva. Fui correndo contar aos seus pais sobre o que tinha visto, mas ao chegar neles, não consegui fazer isso, pois eu realmente gostava e ainda gosto muito de você, não queria te prejudicar de maneira alguma, foi por isso que inventei uma desculpa e disse que você tinha sido grosso comigo, o que não era mentira. Mas acredite em mim, eu não imaginei que isso acabaria em briga. Me perdoe!
- Eu que peço perdão por tudo, inclusive pela maneira que te tratei nesse dia... E eu nem sei em como te agradecer por não ter contado.
- Não precisa agradecer, eu não fiz nada de mais...
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My Butler is my Daddy
FanfictionTheo, o único herdeiro do grande império de vinícola da família Miller, ao completar seus 18 anos, começa a ter que encarar responsabilidades nas quais o submeterão a passar por situações indesejadas. Sua única motivação e propósito de vida é conqu...