Capítulo 17 - Tiberiuns

32 2 0
                                    

Foi uma noite prazerosa regada a vinho, hidromel e Saquê, suas esposas passaram a maior parte dela em sua cama saindo quase ao alvorecer, na casa de seu tio preferiu que elas não dormissem junto a ele, agora estavam descansado nos quartos do harém.

Apesar de tentar dar-lhes a atenção merecida uma imagem de olhos dourados e cabelos negros lhe surgia em mente todo o tempo, se sobrepondo aos rostos de suas mulheres e povoando seu imaginário e fantasias. Mesmo quando finalmente caiu no sono, já com o dia claro, desejava sentir o seu cheiro e sua pele delicada.

Colocando o colar em seu pescoço pela manhã, vendo a irromper pela arena durante o treino a tarde ou sendo ele a invadir seu quarto com ela já na cama a noite, pareciam se perseguir mutuamente, ao mesmo tempo que se repeliam entre discursões e ressentimentos.

Nunca havia imaginado que ela usaria uma camisola tão delicada, cheia de bordados e laços, com o seu temperamento era mais provável que dormisse de armadura de batalha. Ela se sentisse bem assim, pensou com um sorriso.

- Senhor Senador, espero que o dejejum esteja a contento. – Disse a senhora Dresis, com sua melosa voz.

- Tudo perfeito, onde esta minha filha?

- Estou aqui pai.

Tiberiuns se virou para a entrada e se deparou com a coisa mais linda que já havia visto em sua vida.

Desde a historia de Dresis ter posto folgo em suas roupas ele havia pensado em algo que poderia fazer, e por fim enviou Crisco a Tiberus até a maison, onde o tio geralmente mandava buscar os vestidos de suas concubinas e as de Juno, em um bilhete explicou de quem se tratava e pediu peças para ressaltar a beleza da jovem.

Quando ele retornou com um baú forrado de vestidos nesta manhã, Tiberiuns teve certeza de que ela nunca os usaria, pois pelo termo “ressaltar a beleza” a senhora da casa entendeu indubitavelmente sensualiza lá, todos os vestidos tinham cortes, fendas, transparências, tudo muito além do que comumente a jovem usava.

Haviam lhe custado um bela bolsa de prata e resolveu os enviar assim mesmo a seu quarto, já pressentindo a gritaria que iria escutar na manha sequente.

Naquele momento, olhando para ela, ele se perguntou por que não havia mandado este bilhete há mais tempo?

Ela estava simplesmente de tirar o folego, o vestido bem mais ousado revelava curvas e formas nos lugares certos, intensificando o dourado de seus lindos olhos e contrastava com seus cabelos negros, como a madeira e Tollon*, quase soltos apenas meio domado dançando de modo provocante em volta de seu pescoço e costas, uma fina corrente de ouro chamava atenção ao seu colo e o decote revelador.

Mesmo o véu, que geralmente tinha a intenção de resguardar, era de uma transparecia quase absoluta e parecia dar força ao conjunto deixando ainda mais convidativa.

Depois e alguns minutos de completo assombro, percebeu que não era o único a olhar mudo para a garota que parecia incomodada.

- Juno é você? – Kaius foi o primeiro a quebrar o silencio.

- Claro que sou eu! – Respondeu torcendo as mãos, nervosa. – Porque estão me olhando assim?

- Por que você esta linda. – Tiberiuns falou com a voz grave e rouca, sem pensar.

Baixando a cabeça, sua pele foi invadida por um leve tom de rosa enquanto ela se dirigia ao ultimo divã vago.

- Esta roupa é espalhafatosa demais pra um desjejum. – Falou enrolando o véu ainda mais sobre seu corpo.

- Dresis minha querida, acredito que tenha se superado eu mesmo quase não a reconheci.

- Senhor senador, fico feliz que tenha lhe agradado, com sua licença. – Falou antes de uma reverencia perfeita e se retirou.

Corações tauricosOnde histórias criam vida. Descubra agora