Já na cama Juno se torcia de um lado para o outro, a noite parecia ter uma duração inimaginável.
Mais cedo, havia cruzado no corredor com as concubinas de Tiberiuns quando essas se dirigiam ao quarto do primo.
No momento em que a viram, os risos e conversas pararam instantaneamente e as quatro pareceram lhe encarar de forma estranha.
Foi fuzilada pelos olhares daquelas mulheres que mal havia conhecido. Era como ser avaliada de cima a baixo e ser considerada inapropriada em todos os sentidos.
Com um leve aceno de cabeça ela as comprimento e seguiu para o quarto.
Segura novamente em seu quarto, com Prímula ajudando a se despir e preparando-se para deitar, ainda tinha fixa na mente a imagem das quatro.
Muitas vezes já havia encontrado mulheres de seu pai naquele mesmo corredor, algumas vezes em situações bem constrangedoras, mas saber que esta noite elas estariam ali ao lado do seu quarto com Tiberiuns, satisfazendo suas vontades...
- Senhorita, esta tudo bem? – Prímula interrompera seus pensamentos.
- Claro que estou, por que a pergunta? – Falou Juno surpresa.
- Esta muito corada, será que não esta febril? – Perguntara sua ama colocando a mão sobre sua testa.
- Eu estou bem, pare de bobagem. – Falou mal humorada deitando-se na cama.
Assim que se deitou, Tiberiuns irrompeu dentro de seu quarto e apesar de já terem tido dicções bem mais acaloradas do que a que se sequio, esta a havia incomodada mais do que deveria.
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Qualquer ruído por menor que fosse, chamava sua atenção, até o vento que balançava suas cortinas atrapalhava seu sono.
Prímula dormindo na esteira aos pês de sua cama, como fazia todas as noites, parecia não se perturbar com nada.
Sua mente flutuando em ideias não apropriadas onde as mulheres de Tiberiuns surgiam a todo o momento entre sorrisos e suspiros.
Mesmo com suas mães se esforçando para ensinar-lhes os modos mais variados de agradas a seu futuro senhor, Juno sempre evitou este tipo de assunto ou pensamentos.
Se pegou olhando para as gavetas da penteadeira e pensando em tipo de senhor era Tiberiuns.
Uma de suas concubinas fora marcada a chicotadas, coisa que seu pai nunca faria, mas que era comum em vários haréns.
Impaciente demais para conciliar o sono, afastou as cobertas e se pós de pé.
- Prímula? Prímula? – Chamou a dama até que esta se acorda. - Você pode ir até a cozinha e ver se ainda tem um pouco de pão de cevada e aquela geleia de Hershey *?
Bocejando a dama a olhou por uns minutos sem entender direito o que ela queria.
- Senhorita, não esta um pouco tarde para comer? – Falou esfregando os olhos.
- Por favor, comi pouco no jantar, traga também leite morno com melado. – Pediu Juno quase empurrando sua dama pela porta.
- Sim senhorita. – Respondeu Prímula, sonolenta indo em direção à cozinha.
Trancando a porta assim que a dama saiu, Juno correu para ate sua cômoda passou a mão por um pequeno painel móvel escondido na parede que ao ser afastado revelava um mecanismo de alavanca.
Ela puxou a alavanca e quase que automaticamente viu ser aberta uma passagem no piso de seu quarto, uma escada descendente a levava a uma galeria subterrânea.
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Corações tauricos
RomanceArton, um mundo de magos e guerreiros, onde diversas raças convivem entre humanos e a magia e real. Uma jovem presa em uma vida que nunca desejou, sonhando com uma liberdade impossível. Filha única de um importante senador de Tapista (reino dos mino...