Courtney Lauren's POV
Passei a noite inteira em claro com os pensamentos longe, na verdade fiquei pensando no Justin mesmo. Não achei que fosse tão difícil assim ficar longe dele, mas eu vou levando.
O dia chegou, mas não vi, apenas senti o raio de sol quente que acabara de entrar por minha janela. Levantei-me da cama cambaleando pra lá e pra cá, tateando tudo ao meu redor até encontrar o banheiro à minha frente. Não é porque estou cega que irei deixar o Tommy me dar banho, isso nunca!
Fiz minha higiene pessoal e chamei o Tommy, preciso de ajuda para escolher a roupa, sei lá que cor são elas.
- Bom dia, princesa! - disse ele em um tom sorridente.
- Bom dia, Tommy. Me ajuda com as roupas? - pedi.
- Mas é claro! O que quer vestir?
- Sei lá. O que tem aí?
- Várias coisas. Calças, saias, blusas...
- Pega uma calça cós alto e uma blusa básica branca - o interrompi pedindo as roupas que eu estava afim de vestir.
Me senti um pouco desconfortável com o silêncio que se formou de repente no quarto. Estou apenas de toalha e fico na dúvida se ele está olhando para o meu corpo ou não.
- Aqui! - ele me entregou as peças de roupa.
- É... me dá licença para eu me trocar?
- Hum? Claro, claro! Quando terminar me chama, te levarei até a copa para tomarmos café. - assenti com a cabeça e ele se retirou fechando a porta logo em seguida.
Vesti minhas roupas e coloquei meus chinelos que por acidente esbarrei nos mesmos quando estava pondo a calça. Fiquei tanto tempo no hospital tomando soro que acho que dei uma engordadinha.
Nem sei como são as roupas, Tommy comprou todas, as minhas coisas ficaram na casa do Justin e quando o Tommy me encontrou eu estava apenas com as roupas rasgadas e sujas no corpo.
Joguei a toalha em cima da cama, tateei até encontrar uma escova e passei a mesma pelos meus cabelos umidos. Não chamei Tommy, posso muito bem ir sozinha até a copa. Caminhei pela casa tetando as paredes, essa manhã acho que dei uma melhorada na cegueira. Ainda está escuro, mas consigo enxergar vultos. Não contei nada ao Tommy, quero fazer uma surpresa. Cheguei à um ponto da casa e pisei em falso, não caí, mas tive um mini ataque do coração.
Era uma escada sentei na mesma e fui descendo assim, degrau por degrau que nem uma criança.
Me senti humilhada ao extremo com essa cena. Sei que ninguém viu, mas me dá vontade de cavar um enorme buraco na terra e entrar para nunca mais sair. Finalmente consegui chegar e segui o meu caminho até parar ao ouvir vozes.- Ela realmente é linda, doutor Tommy - uma mulher disse. Pela voz dela estava sorrindo. Minha audição tem estado muito boa, isso ajuda bastante, já que estou cega.
- Sim Karen, ela é. Ela me encanta. Seu sorriso é tão lindo...
- O senhor está apaixonado. Eu conheço esse sorriso, o jeito que o senhor fala dela... Seus olhos brilham quando ela está por perto. - de quem eles estavam falando?
- Verdade. Confesso que estou. O que sinto por ela nunca senti por ninguém! Eu amei Carrie, mas nem chega aos pés do que sinto pela Courtney. - como é que é? Estão falando de mim? Como assim ele está apaixonado por mim? Como a pessoa lerda que sou, acabei esbarrando em alguma coisa que caiu e quebrou, o barulho foi um horror de tão alto.
- Courtney! Está aí há quanto tempo? - Tommy me perguntou segurando meus braços para que eu não caísse, com o susto que tomei poderia matar uma pessoa que tem problemas no coração. Senti minhas bochechas pegarem fogo.
- Ãhn? Acabei de chegar! - eu disse - Desculpe pelo que quebrou, seja lá o que tenha sido.
- Não tem problema. Disse para me chamar eu iria buscá-la no quarto. Como desceu as escadas? - perguntou. Aquela sensação de humilhação e nojo de mim mesma tomou conta do meu ser ao me lembrar daquela cena ridícula.
- Longa história. - finalizei aquele papo, não estou afim de contar detalhadamente aquela cena deplorável lá na enorme escada
Derrubei uma xícara de alguma coisa em cima da mesa. Eu não aguento mais essa situação. Me sinto envergonhada, humilhada e tudo que tenha a ver com vergonha no mundo.
Às vezes tenho pensamentos sombrios, tenho vontade de tirar minha própria vida, mas eu penso em quão difícil foi chegar até aqui e desisto dessa idéia passageira em minha mente perturbada. Quando terminei o café, pedi para que Tommy me levasse de volta ao quarto, ele insistiu para sairmos, irmos a algum lugar, mas eu neguei todos os convites. Não estou bem, na verdade nunca estou. Deitei-me sobre a cama, meus olhos se fecharam gradualmente.
Justin Drew Bieber's POV
A noite passada não foi legal.
Mal preguei os malditos olhos. Courtney perturbou meus pensamentos a noite inteira. Pela manhã, levantei-me totalmente sem vontade. Fiz minha higiene e fui tomar café- Bom dia, filho! - minha mãe me cumprimentou sorrindo. Não respondi a mesma - Mal humorado, nem parece que é meu filho. Bom, vou sair agora, só volto a noite. Beijos filho, se cuida. - disse e saiu do meu campo de visão.
***
A noite não demorou a chegar.
Minha mãe estava demorando para voltar, eram 21hr31 da noite. Vesti uma calça de couro preta, uma camisa branca, supras azuis marinho, meu boné também azul e liguei para a Ashley.Ligação On:
- Oi, Justin. - ela atendeu o seu celular depois do quarto toque.
- Topa sair agora?
- Claro! Te espero. - disse ela. Pus fim na ligação sem mais delongas.
Ligação Off
Arranquei com minha Ferrari dali em direção ao apartamento da Ashley. Não fui até seu andar, fiquei lá embaixo a esperando.
Não demorou muito e ela desceu vestida em uma blusa branca e um shorts azul de cintura alta.
Engraçado, o shorts que ela está vestindo é igual ao shorts da Courtney que sumiu lá de casa, arqueei uma sobrancelha quando ela veio até mim me dando um beijo melado na bochecha.- Ei, Justin! - ela disse sorrindo sem mostrar os dentes.
- Posso fazer uma pergunta?
- Ué, claro!
- Onde comprou esse shorts?
- Co-como as-assim? - ela gaguejou.
- Você robou esse shorts lá de casa não foi? - fui direto. Certeza que foi ela.
continua...
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Criminosa II
FanfictionEu estou sentado com os olhos bem abertos dentro destas quatro paredes esperando que você ligue. É um jeito muito cruel de viver, como se não houvesse sentido nenhum ter esperança. Eu não quero viver para sempre porque eu sei que estaria vivendo em...