Good Bye

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Courtney Lauren POV's

Acordei na manhã seguinte jogada e nua em cima da cama. Não conseguía mexer um músculo sem sentir dor, nem respirar direito eu conseguía.
Olhei ao redor da cama e na mesma havia uma enorme poça de sangue embaixo de mim.
Um flashback muito rápido da noite passada veio em minha mente.
Ainda não sou capaz de acreditar que o Justin fez isso comigo. Porra, onde está o "eu te amo" "nunca faria mal a você" "você é minha vida"?
Desceu tudo pelo ralo do banheiro,
é isso?

Levantei-me relutante e dolorida.
Fui me apoiando e mancando até a porta, ao girar a maçaneta, a mesma estava trancada por fora, a chave não estava aqui.

- Justin... - disse em um sussurro deslisando pela porta de madeira pintada de branco. - Por favor... alguém... me... ajuda... - eu tentava gritar, mas tudo o que saía de meus lábios eram sussurros.

Fiquei um bom tempo ali, jogada na porta, sem obter nenhum tipo de resposta ou som do outro lado.
Levantei-me do chão e mancando fui até o banheiro, liguei o chuveiro e tomei uma ducha gelada, para despertar um pouco.
Vestí-me com uma blusa do Justin larga e uma calcinha por baixo.
Me joguei na cama e abri os braços, tudo no meu corpo doía, eu não estava aguentando mais.
Nem em minha época de criminosa em ação eu havia apanhado tanto assim, não sei o que deu no Justin para fazer isso comigo.
A porta se abriu e o cheiro de comida invadiu o quarto.

- Dona Courtney, o senhor Justin me mandou lhe trazer o café da manhã. - Mary disse. Seu olhar ficou aflito quando ela viu as manchas roxas em minhas pernas.

- Me ajuda... Mary. - eu disse,
ela se aproximou.

- Dona Courtney, o que fi... - ela foi interrompida.

- Bom dia. - o monstro disse ao entrar no quarto. Meu coração disparou e uma enorme raiva tomou conta de todo o meu ser.

Ele se aproximou e sentou na ponta da cama, passando os dedos em meus machucados. Me encolhi na cama, fugindo de seu toque maléfico.

- Minha Courtney. - ele disse. - Minha vida. - ele falava e a cada palavra, se aproximava mais. - Meu amor. - ele disse levantando levemente minha blusa. Recuei mais.

- Não. Toca. Em mim. - eu disse pausadamente com os olhos transbordando raiva e ódio. - Por que, Justin? Por que? - eu perguntava incrédula.

- Do que que você tá falando?
Que manchas roxas são essas? - ele perguntou como se não se lembrasse do que aconteceu na noite anterior.

- Vai se fazer de idiota à essa altura do campeonato?

- Não entendo, do que você tá falando? - ele levantou da cama. Parou, me analisou e depois colocou as mãos na cabeça. - Foi... eu? - perguntou apontando para os meus machucados. Lágrimas de ódio me vieram aos olhos, mas eu não irei chorar.

- Para! Para de se fazer de idiota!
Você é um monstro! Acabou com a minha vida, seu infeliz! - eu gritava, jogando tudo pra fora, tudo aquilo que estava em minha garganta desde que ele adentrou nesse quarto à alguns minutos.

- Eu... eu não sei o que dizer.
Eu não me lembro de nada!
Por favor, me perdoa. Me perdoa,
meu amor! - ele estava ajoelhado ao pé da cama, chorando.
Olhei-o com desprezo.

- Eu, nunca irei te perdoar por isso. Nunca! - eu disse levantando da cama com dificuldade. Estava mancando muito, a cada passo que eu dava, uma pontada em minhas pernas e intimidade eu sentía. - Você foi um monstro comigo, um monstro e isso não tem perdão. Eu te odeio! - abri a porta e fui me apoiando nas paredes até chegar à escada, desci a mesma me apoiando no corrimão.
Ouvi o som de bandeja sendo jogada na parede e depois caindo no chão, Justin deve estar destruindo o quarto. Que se foda ele!

Fui até a mesinha de centro, onde meu celular estava. Peguei o mesmo e disquei o número do Chaz.

- Chaz, sou eu, a Courtney. - eu disse após o Chaz dizer um clichê "alô?"

- Ah, oi Courtney. Aconteceu alguma coisa? - ele perguntou com a voz de sono.

- Então, eu sei que nem temos tanta intimidade assim, mas... será que você poderia vir me buscar na casa do Justin?

- Por que? - ele perguntou.

- Só vem okay? Por favor.

- Tudo bem. Daqui à dez minutos passo aí. - ele disse e eu pus fim à ligação.

Fui até meu quarto e peguei uma mala, coloquei quantas roupas eu pude e vestí-me com dificuldade.
Eu usava uma calça preta, uma camiseta branca, All Stars brancos e meus óculos escuros estavam pousados em meu rosto para esconder minha cara de choro.

Pedi a ajuda da Mary para descer a mala e a mesma me ajudou.
Estava sentada no banco do jardim com a mala ao meu lado, esperando pelo Chaz.
O sol estava escondido atrás de nuvens, o dia estava começando a ficar horrível, assim como a atitude do Justin.

O carro do Chaz parou em frente a mansão e eu me levantei, me apoiando na mala em seguida.
Chaz desceu de seu carro e caminhou até mim com o seu iPhone em mãos.

- Por que a mala? - ele perguntou assim que chegou perto de mim.

- Longa história... posso ficar na sua casa por enquanto? Quando chegarmos lá eu te conto. - eu disse e senti olhares em minhas costas, virei-me de soslaio e lá estava ele, sem camisa, com o braço sangrando.

- Onde você pensa que vai? - ele disse friamente. Seus olhos não expressavam nenhuma emoção.
Pelo elástico amarrado em seu braço, estava aplicando heroína na veia, estava se drogando.

- Eu não penso, eu vou! E você não vai me impedir, viciadinho. - eu disse - Vamos Chaz. - disse pegando no braço do Chaz e quando dei um passo à frente, Justin segurou meu braço.
Eu não aguentava mais essa situação.

- Você não vai, você é minha, só minha. - ele dizia como se estivesse em um tipo de hipnose, como se realmente, eu fosse um objeto.

- Justin. - eu segurei em seu rosto com as duas mãos - Por favor, não atrapalhe mais minha vida, não torne isso mais difícil do que está sendo.
Eu já lhe disse, o que você fez comigo não tem perdão, você me destruiu, por dentro e por fora. Eu te amava, Justin, você sabe que sim.
Não entendo porque fez isso comigo, eu realmente não entendo.
Espero que um dia, você possa colocar sua cabeça no lugar e pensar na burrada que você fez. Nós estávamos tão bem juntos e por um deslise seu, tudo isso acabou de uma hora pra outra. - eu disse segurando as lágrimas. Justin segurou meus pulsos.

- Por favor, não me deixe. Eu te amo tanto. Esquece tudo o que passou, vamos continuar a nossa vida.
Porra, eu sei que você ainda me ama, Courtney, eu sei. Me perdoa, não me abandona. - ele chorava como uma criança frágil, foi difícil me conter, as lágrimas escorreram por meu rosto livremente.

- Adeus. - minhas mãos deslisaram de seu rosto. Peguei minha mala, dei a mão para Chaz e caminhei até seu carro.
Olhei para trás por um instante,
Justin estava lá, ajoelhado no chão, desesperado, chorando e... inconsolável. - Eu tentei Justin, eu tentei. - eu sussurrei e entrei no carro do Chaz.

Continua...

A Criminosa IIOnde histórias criam vida. Descubra agora